Tuesday, September 30, 2003

De divórcio em divórcio

Pinto da Costa não pára. Vá-se lá saber porquê, concluiu que não lhe interessa manter relações cordiais com o SPORTING. Por mim tudo bem: não ter relações com Porto e Benfica não me incomoda nada porque se trata de dois clubes que detesto.
Como é seu timbre, Pinto da Costa não é capaz de fazer nada sem muito barulho à mistura; quer sejam as zangas com a mulher ou o filho-empresário ou a filha-árbitra ou os outros clubes ou os outros dirigentes ou alguns políticos ou etc. Ele vive disso. E aprendeu com o tempo que isso pode reverter a seu favor. Claro que é sempre à Shakespeare: "Muito barulho por nada".
Desta vez lembrou-se de ir ao arquivo. E como isto da idade começa a pesar foi logo desenterrar um daqueles jogos em que foi claramente beneficiado: aquele em que o SPORTING acabou a jogar com 8 contra 11 e em que na segunda parte, cada vez que o SPORTING passava da linha do meio-campo o árbitro (Martins dos Santos, olha, olha quem é ele!) apitava faltas, algumas delas que não se chegou nunca a perceber a que se deviam, tal como um comentador televisivo da altura teve a honestidade de admitir.
Já agora que está com as mão na massa(???), ó sr. Pinto, diga-nos o que é que ainda se lembra do que se disse e do que se fez ao árbitro no túnel de acesso ao balneário. É que é muito feio fazer aquilo a um portista como Martins dos Santos. Bem sabemos que não foi tão grave como a história do Rola que se «lesionou» no túnel, ao intervalo, quando se dirigia ao balneário.
E diga-nos também o que é que aquela criatura que dá pelo nome de André fez nesse mesmo túnel. Nós estamos todos ansiosos pelas suas memórias.

Como Pinto da Costa não gosta de estar muito tempo solteiro, já deve andar à procura de novo parceiro. E os Loureiros estão na linha: nem vai ser preciso muito tempo. Nos próximos meses vamos ter casamento «de papel passsado». Com a benção de Madaíl, que deve ser a única coisa para que ele serve.
Prestação do SPORTING

A equipa do SPORTING mostrou uma atitude bem mais competitiva, embora o seu jogo seja ainda um pouco desequilibrado. Há jogadores que ainda não estão em boa condição e isso reflecte-se na equipa (Beto e Rui Jorge, por exemplo). Isto não é, ao contrário do que alguns querem fazer crer, grave. Benfica e Porto não fazem melhor em campo, têm é outros «suplementos».
Destaque-se então a crença na vitória que foi, certamente, o que permitiu que esta surgisse, mesmo que no fim. Quem ataca do princípio ao fim tem mais probabilidades de marcar do que aqueles que só pressionam nos últimos 10 minutos.
Auto da barca dos 11 gajos a tapar a baliza

O Gil Vicente veio a Alvalade jogar para o empate. Não há mal nenhum nisso, cada um joga o que é capaz. O que acontece é que 99% das vezes quem joga para empatar perde, tal como, de uma forma justíssima, aconteceu neste jogo. Agora, virem-se queixar de azares e mais não sei quê é que não há paciência. Aliás, se fossem um bocadinho inteligentes talvez fossem capazes de perceber que, sem as fitas do costume e as lesões ai-minha-mãe-que-eu-vou-morrer-já-estou-bom, o árbitro não teria dado 6 minutos de descontos e assim talvez não tivessem sofrido o golo. Como tal... BEM FEITO! E isto serve também para aqueles idiotas encartados que vão debitando parvoíces nos meios de comunicação até que algum colega seja despedido para depois lhe tomarem o lugar, aprenderem que, ao contrário do que dizem, o futebol moderno não é nada disto (com a honrosa excepção de Portugal em que os árbitros beneficiam sempre as equipas que fazem os possíveis para que não se jogue futebol). Vejam o que está a acontecer ao ideólogo supremo do futebol-anti-jogo: vai ser despachado do Maiorca porque os espanhóis cedo perceberam do que é que a casa gasta(va).

Monday, September 29, 2003

Mais um

O jogo Guimarães - Porto foi interessante. Deu, pelo menos, para que fosse esclarecido o facto de Pinto da Costa ficar tão melindrado com a acusação de telefonemas para a Liga, a propósito das nomeações, feita por um dirigente do SPORTING. Agora sabemos porque é que o homem enfiou a carapuça e não se tem calado desde essa altura.
É que, com o Deco amuado, o Jorge Costa a tropeçar nele próprio e Costinha com a lucidez de um pneu recauchutado, o melhor elemento da equipa do Porto acabou mesmo por ser António Costa: digna de um grande defesa central a maneira como ele evitou o 2º golo do Guimarães.

Saturday, September 27, 2003

E o Rui Costa?

De há 5 ou 6 anos para cá é obrigatório, a todo o potencial candidato à presidência do Benfica, prometer o Rui Costa.
Digam lá que eu não gosto do Benfica, o único clube de futebol que me dá vontade de rir.
Outro candidato

Há mais um candidato às eleições do Benfica: Fernando Seara. É que ele disse que não se candidatava e, pelo que dele sabemos, se ele diz alhos, saem bogalhos.
Porque será?

Porque é que Pinto da Costa ficou tão incomodado com a acusação de um dirigente do SPORTING, sobre telefonemas para a Liga a propósito das nomeações dos árbitros?

Friday, September 26, 2003

Estavam a estudar

A grande maioria dos meios de comunicação deixou passar ao lado a apoteótica recepção da equipa do Benfica no aeroporto, com direito a animação extra por parte dos adeptos.
É que a rapaziada jornaleira estava, dado o adiantado da hora, a estudar compêndios de ciências naturais para poderem debitar disparates sobre relva, pythium, fungos e raízes.
Em que é que ficamos?

Diz Camacho: "Não respondo a presidentes." Ai não? Então responde a quem? Às mulheres que limpam as latrinas depois dos jogos?

Thursday, September 25, 2003

Homem sensato

Estou cada vez mais de acordo com Vilarinho. Posso mesmo dizer que, à excepção do brilhante penalti que ele apontou na festa do PSD, só agora é que começo a constatar que o homem é capaz de fazer coisas acertadas. Pois aqui vai mais uma:

“Houve falta de inteligência, compenetração e concentração. Acredito que podíamos ter feito muito melhor neste jogo . É preciso não ser burro.”

Foi o que Vilarinho disse depois de um jogo que o benfas disputou com uns gajos que jogaram com um equipamento igual ao nosso. Não sei muito bem para que é que esse jogo conta mas isso também não interessa a ninguém. O que interessa é que Vilarinho diagnosticou falta de inteligência e burrice na sua equipa. Pois ó Vilarinho... Andavas entretido noutras cowbóiadas e nem te apercebeste que na equipa que «diriges» a burrice não é de agora, é de sempre. Deixa estar, não te apoquentes que isso faz-te mal à saúde. Tudo até já estás de saída. E vais ter tempo para treinar a marcação de penaltis para quando fores lá ao arraial do PSD agradecer os perdões fiscais não armares a barraca que armaste da outra vez. É que pior do que tu só mesmo o Miguel, ou o Argel, ou o Luisão...

Wednesday, September 24, 2003

É assim mesmo

Eu gosto de pessoas sensatas. Mas gosto mais ainda quando as pessoas que habitualmente não o são, surgem com atitudes correctas. Foi o que aconteceu quando li esta declaração de M. Vilarinho num dos orgãos não oficiais do lampião: «O Benfica está no lugar em que sempre deveria ter estado».
E é isso mesmo. É que o Benfica encontra-se neste momento no 13º lugar da Liga. Eu também acho - tal como Vilarinho - que o benfas está no lugar onde sempre devia ter estado e de onde espero que nunca saia.
Logo agora que está de saída, é que o Vilarinho nos brinda com a sua capacidade de dizer coisas certas. Mais vale tarde do que nunca.
Competições europeias

O SPORTING necessita de fazer um bom jogo contra os suecos. Nada está perdido e isto pode ser um bom estímulo para a recuperação rumo ao título.

Quanto às outras equipas envolvidas nas competições europeias - Leiria e Porto - espero que obtenham bons resultados porque precisamos de pontos para a tabela da UEFA.

Monday, September 22, 2003

Dia perfeito

Se o SPORTING não tivesse perdido no sábado, hoje era o dia perfeito. Sim, aquele mesmo do Lou Reed.

É que hoje é o Dia Europeu Sem Políticos. Isso mesmo. Temos um dia em que nos poupam os ouvidos com a demagogia do costume. Um dia em que não nos tentam vender tralha ideológica em 2ª mão para «parecer bem» e «ser como os outros». Um dia em que até nos deixam andar de carro.

Já viram? DEIXAM-NOS ANDAR DE CARRO. Mas só até determinados sítios. Pois, não há bela sem senão.
Sobre o jogo com o Moreirense (e não só)

Comecemos por uma atitude séria e sensata: não foi só por culpa do árbitro que o SPORTING perdeu o jogo. O SPORTING perde o jogo porque, mais uma vez, passa 80 minutos onde não faz praticamente nada, para se lembrar de jogar futebol apenas nos últimos 10 minutos. Aí já valia de muito pouco porque, ainda por cima, lá estava o dos Santos a arbitrar.
Passados alguns meses e alguns jogos, é tempo de retirarmos algumas conclusões que, mesmo que o panorama mude - esperamos -, não deixarão de ser verdade.

O futebol que o SPORTING joga é uma enorme confusão. O 4-3-3 de que o treinador falava nunca se percebeu muito bem e, sempre que as coisas não correm bem de início, a equipa entra num desvario táctico pouco próprio de uma equipa profissional que quer lutar pelo título. Com o treinador a assistir.

A equipa continua desequilibrada. Não se percebe a troca do R. Fernandes pelo Clayton. Queriam que o R. Fernandes saísse? Mais valia emprestá-lo a um outro clube. Agora mandarem vir o Clayton é que não lembra a ninguém ( à excepção de F. Santos).

Silva. O Silva é um jogador que tem enormes dificuldades a jogar enquanto único avançado lá na frente. Ainda não nos deixaram ver o que vale o Liedson, mas desta forma somos a equipa com a linha atacante mais inútil de toda a Liga. Silva a correr atrás das bolas que os outros lhe pontapeiam lá para cima vale o mesmo que nada, tal como atesta o número de golos que os nossos atacantes já marcaram. O Lourenço teve, apesar de algumas lacunas, prestações bem mais eficientes. Se calhar, por isso, foi para o banco.

Meio campo. A enorme capacidade de Rochemback e o talento emergente de Custódio não são suficientes para disfarçar o descalabro que têm sido, de um modo geral, as prestações de Tonito, Luís Filipe e Tello. João Pinto dá-nos sempre aquela sensação de que anda a jogar só, sem ninguém a quem passar a bola, jogável e com rapidez.

A defesa pode e deve fazer muito melhor. Mas ainda assim é um dos sectores que se tem aguentado melhor. Ricardo tem tido exibições muito positivas.

A mim não me interessa muito a conversa dos «automatismos» e dos «entruzamentos» e de outras bacuradas à comentador televisivo. Interessa-me apenas que a equipa do SPORTING, com os jogadores que tem, com as condições de trabalho que tem e face aos seus adversários tinha obrigação de estar a jogar muito melhor. Ou pelo menos tinha a obrigação de aguentar fisicamente tal como os outros aguentam, e de jogar com muito mais empenho, o que não tem acontecido. Jogue-se, seja contra quem for, e os do SPORTING são sempre os primeiros a ficar cansados.

Bem sei que algumas desculpas até poderão contribuir: a relva, o dos Santos, etc. Mas não é com desculpas que se ganham campeonatos. Até porque a desculpa só ganha força se houver uma razão forte que a vinque: teriam muito mais legitimidade as queixas contra o dos Santos se o SPORTING tivesse feito um bom jogo do que assim.

E para finalizar, o discurso de F. Santos. O treinador do SPORTING dá a impressão de ainda não ter percebido muito bem o que é o SPORTING. No jogo contra o Porto afirma que o SPORTING «joga o jogo pelo jogo». Ora está precisamente aí a questão. É que o SPORTING nunca deve jogar o jogo pelo jogo. O SPORTING deve jogar, sempre, para ganhar, mesmo que não o possa fazer todas as vezes. Mas só assim é que se consegue ganhar muito. Ou pensam que o Mourinho diz aos seus jogadores para «jogarem o jogo pelo jogo»?
Fique F. Santos sabendo, de uma vez por todas, que nós não somos o Benfica, que perde 2-0 com o Porto e vêm de lá todos contentes porque «jogaram bem»!

No SPORTING joga-se sempre para ganhar. Contra árbitros, relva, Liga, fungos, majores, Guilhermes, azares e etc.
Martins dos Santos

Ainda é árbitro de futebol. Não parece mas é verdade. Tem a mania que é muito rigoroso e passa os jogos a distribuir cartões por tudo e por nada. Claro que quando os deve mostrar MESMO nem sempre o faz. Esse seu rigor é típico daqueles que se sentem na necessidade de vincar a sua autoridade. Não sendo capaz de o fazer pela competência, fá-lo pela arrogância bacoca. Costuma ser muito simpático com o Porto, mas se tiver que fazer das suas por outros clubes também o faz. Volta e meia vai à 2ª liga mostrar daqueles disparates de antologia, mas isso não interessa porque disso os jornais não querem saber para nada.
Ora, por obra e graça do Guilherme, desta vez caiu-nos na rifa. E logo com uma actuação ao melhor estilo 'dos Santos': em apenas 2 minutos ARRANJA o resultado do jogo. Não me apetece falar mais de tal criatura; isto é só para que se registe o seguinte: todos sabemos muito bem porque é que os dirigentes da Liga não descansaram enquanto não acabaram com o sorteio. Assim é mais fácil: o Guilherme, um papel, uma caneta e um telemóvel são todo o que é necessário para armar a salganhada. Tudo em nome da verdade desportiva. Porque, tal como eles dizem a toda a hora, são «pessoas muito sérias».

Thursday, September 18, 2003

Não se assustem

A polícia portuguesa diz-se preocupada com o Euro 2004. Consideram que não têm homens suficientes para fazer face às necessidades de segurança.

Não se preocupem. É que ainda não se sabe se a Inglaterra vem.

Wednesday, September 17, 2003

Passem por lá

Finalmente aprece um blog assumidamente benfiquista e que vale a pena ser lido.
Poluição

Andam por aí uns pasquins jornaletas que, talvez por falta de assunto sobre a pedofilia, resolveram apontar armas a alguns jogadores de futebol.
O que vale é que pouca gente os leva a sério.

Tuesday, September 16, 2003

Deve ser engano

O tirano com o acessório cabeçal mais divertido de todo o continente africano foi deposto. Num instante e sem violência. Mas eu acho que há aqui uma enorme confusão. Não era Kumba Yalá que os revoltosos queriam por a andar. Quem eles queriam despachar era o Camacho: devido ao barrete vermelho e aos místicos pensamentos, os revoltosos confundiram os dois personagens.
Matemática

Diz Deco: "No 1 para 1 sou mais forte do que Zidane."
Ai é? Então e no 2 para 2, quem é o mais forte, ó Deco?

Monday, September 15, 2003

Mais uma vitória

O SPORTING ganhou mais um jogo. A exibição pode não ter sido das melhores mas, com o relvado naquelas condições, é difícil exigir mais. A equipa mostra que ainda tem um longo caminho a percorrer até se mostrar mais sólida e compacta. Quanto ao relvado... tanto investimento num estádio para se jogar num batatal daqueles. Nem que tenha que se colocar nova relva; o problema tem que ser urgentemente resolvido.
Obrigado Vítor Damas

Morreu um dos grandes atletas da história do SPORTING. Morreu novo; mas morrem sempre novos aqueles de quem gostamos. Um grande agradecimento ao Damas. Os sportinguistas nunca o vão esquecer.

Thursday, September 11, 2003

A norte nada de novo

A selecção venceu a Noruega em mais um jogo medíocre. Ricardo foi o melhor em campo. E, novidade, novidade, só a fita no cabelo que Rui Costa TAMBÉM já usa.

Wednesday, September 10, 2003

As mãos

Os ingleses têm azar com as mãos. Mas, ao menos, a do Maradona tinha muito mais classe. Ai se o Vata alguma vez tivesse jogado contra eles...

Tuesday, September 09, 2003

Chegaram cedo

A trupe do Sr. Reis, - APAF - uma confraria de árbitros que em tempos nos brindou com uma irresponsável greve, talvez por os seus patrões não fazerem a mínima ideia acerca das funções deste tipo de associação, já botou faladura. Até aqui nada de novo; sempre que Dias da Cunha ou alguém do SPORTING diz alguma coisa, estes cavalheiros mandam-se logo à reunião extraordinária, ao manifesto e a outras atitudes que, na altura, lhes venham à cabeça. O que surpreende é que, estando decorridas apenas três jornadas - incompletas, porque dois clubes ainda não jogaram, mas sobre isso o Artur Jorge deve saber mais do que eu - os ex-árbitros cartearam-nos de forma aberta. Fenómeno curioso: de há uns tempos para cá, em Portugal, tratam-se assuntos importantes em cartas abertas publicadas nos jornais... deve ser moda e vai passar. E desta vez, a carta aberta destes senhores, brinda-nos com um recurso estilístico fantástico, digno de detalhada análise hermenêutica: «guerrilheiros de linguagem».
Fui ver e fiquei preocupado. Pois não é que, com toda a turbulência que vai por esse mundo fora, guerrelheiro já não é o mesmo adjectivo de teor romântico que era aplicado a Che Guevara e Xanana Gusmão. E o que me deixou preocupado foi ter verificado que a mim próprio me assenta que nem uma luva a tal expressão. Pois eu também sou dos que não concordam com o modo como a arbitragem está organizada em Portugal; não confio, grosso modo, nos dirigentes a quem ela está entregue; considero a formação dos árbitros portugueses de baixo nível e acho que isto tem reflexos muito negativos no futebol. Ora aí está: sou também um «guerrelheiro da linguagem», um espécie de «força do mal» contra o «templo do bem», tão eficazmente liderado pelo sr. Reis (o tipo deve andar a ver nas CNN as conferências desse outro grande pensador associativo que dá pelo nome de G. Bush).
Pois então aqui fica: antes «guerrelheiro da linguagem» que «soldadinho da situação».
E da próxima vez não se esqueçam do pré-aviso de greve.
Os do costume

Depois do jogo com os espanhóis, tudo o que é jornalista, comentador e etc. aqui da praça, tratou de arrear cacetada em Scolari. Eu acho que ele bricou com a convocatória; achou que errou durante o jogo porque acho que, no fundo, está muito longe de ser um fora-de-série.
Agora, o tom, algo súbito, de todas estas críticas é manifestamente exagerado: Madaíl também errou com os disparates que diz sempre que abre a boca - e abriu a boca para falar, antes do jogo, sobre o V. Baía; os jogadores falharam porque mostraram uma falta de empenho indecorosa; falharam ainda outros que não interessa para aqui referir, e eu não vejo esses articulistas boleiros a referir o facto.
De uma coisa desconfio: ao ver as caras dos neo-opositores de Scolari, até fico com vontade de defender o treinador brasileiro, algo que até agora ainda não fiz (ver post anterior).

Friday, September 05, 2003

Scolari

Não sou, nem nunca fui, grande adepto de Scolari como treinador. Acho que ele é apenas um treinador mediano, igual a centenas de outros. Acontece é que está muito sobrevalorizado pelo facto de ter sido campeão do mundo, o que, por si só, não pode de modo alguma atestar acerca da grande qualidade de um treinador.
Scolari não chegou em paz ao futebol português. Sobretudo por culpa dos que já cá estavam, mas também por sua culpa. Começou logo com a questão dos vencimentos. O que Scolari solicitou é exagerado para os padrões de Portugal. Claro que Madaíl, fazendo justiça ao que dele sabemos, tratou logo de fazer todo o tipo de cedências, incluindo a questão dos adjuntos. Ainda estamos para ver o problema que o salário de Scolari vai lançar no pós-Scolari: qual é o treinador português que, depois, estará na disponibilidade de trabalhar por 2 mil contos por mês? E um estrangeiro de qualidade também não aceitará trabalhar por menos do que aquilo que Scolari actualmente aufere.
Depois foram os «agentes do futebol». Os «agentes do futebol» são uma espécie de eminência parda que inclui dirigentes, jornalistas, jogadores VIP e outros. Não significam nada de substancial a não ser o facto de fazerem sempre muito barulho em função dos seus interesses pessoais.
E aí é que a coisa foi pior: Pinto da Costa, ainda Scolari não tinha sido contratado, já dizia que não concordava. Quanto aos jornalistas, começaram por falar muito mas, depois, quando deviam falar, ou seja, agora, trataram logo de se calar, abrindo a boca episodicamente apenas para dizer que «sim senhor, está tudo bem».
Pinto da Costa ficou provavelmente chateado com o facto de, daqui em diante, não poder ser voz activa no que diz respeito à convocatória de jogadores. E, a partir daí, tratou logo de arregimentar o papagaio que treina a sua equipa para os ataques ao seleccionador. Alguns com razão, outros sem razão, mas os papagaios são assim mesmo: nunca se calam e acabam sempre por repetir aquilo que o dono diz muitas vezes. O caso Baía não é caso nenhum, como o próprio tratou de demonstrar no jogo contra o Estrela da Amadora: há 3 ou 4 guarda-redes melhores do que ele, mais novos e com menos cagança. (e sem fita no cabelo!)
Os jogadores que têm sido seleccionados não disseram muito mas trataram de, em campo, jogar pela selecção como se aquele fosse o maior frete das suas vidas, o que se tem vindo a reflectir nos resultados desportivos. Resultados estes que não têm sido, nem de longe, nem de perto, positivos. À excepção do jogo com o Brasil o comportamento da selecção tem sido globalmente negativo.
Scolari lá continua, sempre mais preocupado em fazer vincar a sua opinião do que em resolver as questões que importam. O seu objectivo central é afirmar que é «ele que manda», em vez de colocar a selecção a jogar como deve ser. Desde que seja «ele a mandar» está tudo bem.
Há, à vontade, 4 ou 5 selecções europeias bem melhores que a portuguesa, neste momento. Por isso a fasquia está a ser colocada demasiado alto. Os portugueses são especialistas em fasquias elevadas, com os resultados que se tem visto. E não se esqueça Scolari que os jogos do europeu não vão ser arbitrados pelo Paulo Costa nem pelo Olegário; escusa o Deco de se mandar para o chão a toda a hora que isso, no europeu, não vai surtir o efeito que tem aqui no campeonato.
Há ainda a rábula das convocatórias-surpresa com que Scolari tem brindado «os Manéis». Não me parece que isso seja propriamente provocação: entendo que se trata, mais uma vez, de uma maneira de definir a sua posição (nem que para isso tenha que convocar um apanha-bolas). O homem é capaz de tudo apenas para dizer que é ele que manda.
Concluo afirmando que não acredito que a selecção portuguesa se classifique nos 4 primeiros.
Não será só culpa de Scolari, mas isso também não interessa porque no futebol português as culpas morrem sempre solteiras.
Até lá, ao que se afigura, ainda vamos ter mais umas estórias para nos rirmos um pouco.
Vale a pena

Trata-se de uma sugestão do pessoal do www.terceiroanel.blogspot.com : o site www.uglyfootballers.com merece uma espreitadela. Afinal há um site sobre futebol em que o Abel Xavier se consegue destacar.

Thursday, September 04, 2003

Isto não se faz!

Recibi um mail do Quim Sapateiro, médio-ala das reservas do Arrifana F C. O homem está triste, muito triste. Acreditava que ia ser convocado pelo Scolari e este não o convocou. O Quim diz-me que lá em Arrifana não se fala de outra coisa. «O Scolari até me veio ver jogar! e agora sai a convocatória e... nada. Fiquei desiludido!» Calma Quim, não percas a esperança. Pode ser que da próxima ele te convoque.
Faço aqui uma referência a este caso porque me preocupo com os direitos, liberdades e garantias. Isto não se faz a uma pessoa. Não convocar o Quim Sapateiro para os jogos com a Espanha e a Noruega? Ao ponto a que a falta de respeito chegou!
Acreditem que é verdade

Imaginem que o vencedor da Superliga - o Porto - para ir à Liga dos Campeões tinha que disputar um jogo com o vencedor da Liga de Honra.

E imaginem que à Taça UEFA iam representantes da Liga de Honra e não os da Superliga.

Parece estranho?

Mas é real. Acontece no andebol em Portugal apenas porque o presidente da Federação de Andebol acha que assim deve ser.

Curiosidade, para finalizar: uma das equipas da 2ª divisão do andebol que foi às competições europeias foi o Benfica. Mas isto não deve ter nada que ver com a questão...
Só agora?

O CSD aprovou a suspensão da actividade pública da Federação de Andebol de Portugal. Só falta a ratificação do secretário de estado - veja lá Hermínio se ainda não é desta! - o que significa que a FAP perde os poderes de gestão e de representação da selecção nacional de andebol.
Esta medida peca, a meu ver, em dois aspectos: é tardia e branda. Tardia porque esta situação se arrasta há mais de dois anos com o presidente da FAP a gozar, literalmente, com os vários agentes envolvidos na modalidade. E é branda porque, se contabilizarmos, mesmo que por alto, os custos que esta situação pode ter acarretado para os clubes, verificamos que haveria lugar a um esclarecimento, eventualmente nos tribunais civis. Repare-se: em função das diatribes políticas do presidente da FAP, houve clubes que se viram impedidos de participar nas competições europeias e houve clubes que desinvestiram na modalidade em função da situação de confusão que se vive. E tudo porque há um indivíduo que se julga o dono do andebol em Portugal!
Como é que num país que se quer moderno e desenvolvido uma coisa destas pode acontecer? Por mais argumentos que se invoquem nenhum define a situação. Quem não acompanha de perto o andebol tem muita dificuldade em entender tudo isto. O presidente da FAP tem tido, ao longo dos anos, um comportamento de verdadeiro déspota, decidindo ao sabor das suas vontades de baixa política, acerca de uma coisa que não lhe pertence - a prática da modalidade em Portugal.

Vá-se embora sr. presidente da FAP! Olhe que não fica sem trabalho: talvez o Benfica precise de um seccionista para o andebol.

Wednesday, September 03, 2003

Jogo de futebol?

Não tenham dúvidas: bastava que tivessemos jogado um bocadinho e tínhamos ganho o jogo contra o Porto. Para aquilo que fizemos o resultado não foi nada mau.

Espero que no próximo a equipa do SPORTING se lembre de jogar futebol e ponto final.
Questão

Será que aqui há trinta e tal anos atrás não se vendia chá em Setúbal?

Tuesday, September 02, 2003

O livro

Jardel publicou um livro e... o empresário arruinou-lhe a carreira;
Bölöni publicou um livro e... foi «estagiar» para o Rennes;
Simão publicou um livro e... perdeu a braçadeira de capitão no meio daquelas humilhações;
Deco publicou um livro e... ficou «retido» no Porto não indo para o tão desejado Barcelona;
Mourinho publicou um livro e... ora aí está uma das grandes curiosidades da época 2003/04.
É da idade

Pinto da Costa e Scolari parecem dois putos a discutir quem é que consegue cuspir até mais longe. «sou eu», «não, sou eu», «mas fizeste batota», «tu é que fizeste».

Óh senhores da NASA: quando é que começam as carreiras para Marte?

Monday, September 01, 2003

Comida

O futebol tem o dom de despertar o apetite. Pois resolveram entregar a gestão da área de restauração do novo estádio ao José Eduardo.
E, pelo que se viu, o homem tem tanto jeito para gerir restaurantes como para comentar jogos de futebol.
O Regresso do Violino

O Violino volta de férias, e em força.

Muitos foram os temas a merecer comentário. Mas acho que o que lá vai, lá vai, por isso aqui estamos nas vésperas de um jogo muito importante para a nossa equipa, e isso é que interessa. Acredito que temos sérias hipóteses de vencer o Porto. A prová-lo está o nervosismo que reina lá para os lados das antas. Vamos em força que temos equipa para ganhar o campeonato.

Às muitas declarações do treinador do Porto nos últimos tempos, o melhor é não dar importância. Trata-se de pseudo-psicologia baratucha capaz de motivar apenas os que têm capacidades intelectuais ao nível da do Mourinho. Acredito que esse tipo de bacuradas ponha um Jorge Costa ou um Derlei a disparatar insultos contra o adversário. Não acredito é que alguém se deixe perturbar com isso.

Mas, aleluia, o rapaz conseguiu dizer uma coisa acertada: disse que não ofendeu o SPORTING. E não ofendeu porque não é um treinador em crise de indentidade,própria da idade,que vai ofender o SPORTING.

Eu sempre o disse: tanta cagança tem que ser para esconder alguma coisa.