Monday, October 31, 2005

Uma das heranças do peseirismo

Entre as várias preciosidades do espólio que José Peseiro nos deixou, a preparação física da equipa é das mais dignas de nota. Lembremos o facto de a equipa técnica anterior não ter tido um preparador físico propriamente dito. Um dia, quando interrogado acerca do assunto, Peseiro disse que as tarefas relativas à preparação física eram repartidas «por mim, pelo Caixinha e pelo Luís Martins».
Pois bem, viu-se no jogo contra o Boavista uma equipa do SPORTING tão fraca em termos físicos, que eu nem sei se alguma vez estivemos na situação de, à nona jornada, termos os jogadores incapazes de aguentarem mais de 60 minutos em ritmo competitivo, como é o que se passa agora. Aliás, foi por isso que não ganhámos o jogo.
Agora vai ser preciso muito empenho e muita paciência: não é de um dia para o outro que se recupera de uma situação destas.

Friday, October 28, 2005

Continua a saga de Paulo Bento

Mais um jogo difícil contra o Boavista no Bessa. Mais uma prova de fogo para a espinhosa missão de Paulo Bento. Como podiam ter sido tão bem aproveitados aqueles 15 dias de paragem por causa da selecção...
Acredito que Paulo Bento está motivado para fazer o melhor que puder. Espero que os jogadores façam o mesmo.
Força SPORTING!
O clube excepção

É típico dos novos-ricos que não têm quase nada e pensam que têm quase tudo acharem que estão no direito de serem tratados de maneira diferente. O provincianismo pindérico no seu melhor. Em Portugal quem está sempre a armar ao pingarelho com a mania das excepções à regra é o clube galináceo.
O futebol profissional é para ser disputado por indivíduos do sexo masculino; os galináceos jogam com a Maria João Pereira como se nada fosse.
A possibilidade de inscrever jogadores durante a época é apenas em Janeiro; os galináceos tentaram inscrever mais um guarda-redes em Novembro.
Deve ser cada um dos clubes a pagar os salários dos seus jogadores; os galináceos, que não têm dinheiro para pagar as suas dívidas, vão pagar os salários de jogadores de outro clube contra o qual vão ter que jogar, a troco, provavelmente, de um jogo em Faro.
Claro que ninguém diz nada. Tudo «perfeitamente normal» como diria um treinador que já por lá passou.

Monday, October 24, 2005

Não vai ser fácil

Paulo Bento encontrou uma equipa nas lonas. Vai demorar algum tempo a melhorar; e vai ser complicado colocá-la no topo em tempo útil.
Uma vez que esta direcção não se vai embora e pretende ficar até Maio - esperemos que as eleições sejam em Maio e não em Setembro - em Janeiro há muito trabalho de dispensas e contratações a fazer. Facilmente enchemos uma carrinha de 9 lugares com jogadores que deixariam muito satisfeitos os sócios quando fossem jogar para outro sítio. A equipa está muito desequilibrada e, embora nos possa custar algum dinheiro extra, só com uma limpeza como aquela a que o saudoso Mirko Jozic procedeu poderemos voltar a colocar alguma ordem na casa.

Friday, October 21, 2005

Era só uma opinião

Porra Oceano, não sabia que lias o meu blog. E que ainda por cima davas crédito ao que eu digo. Ainda assim, obrigado por não teres aceite. Felicidades para ti e para a Marina.
O sindicalista está de volta

Não me agrada nada o regresso de Oceano a Alvalade. Tranquilizou-me, ao longo destes anos, o facto de Oceano aparecer sempre conotado com uma daquelas listas folclóricas que ameaçam candidatar-se à presidência do SPORTING em períodos conturbados - a do inefável Pinto Coelho. Era para mim a garantia de que ele nunca chegaria a um cargo de poder no SPORTING, que ele nunca escondeu ambicionar.
E de repente, no meio da agitação, como convém, aí está o novo adjunto da equipa do SPORTING. Isto não augura nada de bom. E vocês vão poder ver brevemente porquê.

Thursday, October 20, 2005

E agora?

A questão que eu queria ver esclarecida é a da data das eleições.
Não me incomoda muito que Soares Franco presida durante o período transitório: alguém tinha que o fazer e, Soares Franco, não sendo o ideal tem agora uma oportunidade de mostrar que é capaz de ser um dirigente dinâmico e responsável.
Também acho aceitável a solução Paulo Bento enquanto provisória. Continuo a achar que Paulo Bento é um indivíduo com mérito profissional mas que, dada a sua relativa inexperiência, é mais útil nas importantes funções de treinador dos júniores. Tentar fazer disto algo definitivo pode ser prejudicial, sobretudo para o próprio Paulo Bento, o que nenhum de nós quer que aconteça.
Quanto ao regresso de Carlos Freitas, ele é, à partida, positivo: vamos lá ver que tipo de trabalho é que lhe reservaram.
O que urge é marcar a data das eleições. Será um disparate esperar por Setembro, altura em que a nova época já começou, fazendo com que seja uma administração a prepará-la e outra a geri-la. Se é verdade o que Soares Franco diz: que está apenas de passagem, então que se convoquem eleições dentro de um prazo razoável. E a este respeito devo dizer que não estou a gostar nada desta história de se terem procedido a mudanças sem que haja um horizonte definido. Quero acreditar que tal não foi por má-fé. Porque se se está à espera que os sócios esqueçam as eleições para que novos administradores da linha Dias da Cunha tomem conta do clube, então o que temos é uma golpada. Repito: quero acreditar que Galvão Telles só não falou da data das eleições porque se esqueceu.

Posto isto, só falta que alguém telefone ao sr. Paul le Guen e lhe pergunte o que é que ele quer para vir tomar conta do SPORTING. Claro que há mais treinadores capazes de o fazer. Eu acredito neste. Quanto aos outros nomes que os jornais do clube galináceo se lembram de lançar todos os dias, apenas tenho a dizer que a situação actual do SPORTING não me dá vontade nenhuma de rir e, portanto, passo ao lado dessas piadas de mau gosto.
Choradinho

As recentes demissões no SPORTING dão para que se possa elaborar uma verdadeira Teoria do Choradinho. Em vez de assumirem frontalmente essas decisões, na hora da saída, todos os que saem preferem vir com lamechices que, dada a situação em que o clube se encontra, são insuportáveis.
Temos o choradinho lunático de Dias da Cunha: ele é ainda hoje o único a achar que está certo e que todos os outros estão errados.
Ou o choradinho simplório de Peseiro: acha-se um coitado a quem o mundo tramou uma grande conspiração para o apoucar.
E por fim o choradinho mal-educado de Paulo de Andrade: nem na hora de saída este cavalheiro consegue abdicar de disparar arrogância contra os sócios, pautada sempre por uma ironia barata que não passa de pura provocação.
E espero não ter que voltar a perder muito mais tempo com estes cavalheiros. Que sejam felizes daqui para a frente (sem ironia).

Wednesday, October 19, 2005

Tinha que se começar por algum lado

Um pequeno passo. O saída de José Peseiro e de Paulo de Andrade, consideradas individualmente, não são a solução imediata para o problema que o nosso clube enfrenta. É claro que este treinador não era actualmente capaz de orientar a equipa e este administrador estava lá a fazer não se sabe muito bem o quê.
Mas eu sou da opinião de que os problemas que têm surgido no SPORTING se devem à direcção do clube, nomeadamente a Dias da Cunha. O presidente é o grande responsável pelo que se está a passar. Ele é, aliás, o problema central. E enquanto ele não perceber isto o SPORTING não vai sair da crise em que se encontra. Dias da Cunha diz que não gere o clube como se fosse seu. Mentira! Ele não tem feito outra coisa, e com uma agravante: os seus actos de gestão vão mais no sentido de manter intacta a sua teimosia e a sua arrogância do que gerir o clube de acordo com o programa que apresentou a eleições - do qual já quase ninguém se lembra, incluindo ele próprio.
Como consequência disto todos os nomes que por aí andam não passam de fogo de vista para desviar a atenção dos sócios: o que nós precisamos, no imediato, é de alguém que tome conta do clube a sério. Depois podemos então passar à fase da escolha dos técnicos, administradores e jogadores que lá devem trabalhar.
Demitir o treinador e um administrador, projectando mais uma solução do tipo «o mais barato que estiver disponível no mercado» não vai resolver nada. Vai até agravar.
Litos, Nelo Vingada, Camacho, Vítor Pontes, Paulo Autuori e outros não passam da confirmação de que não há interesse em mudar para melhor. O que ficou bem expresso na declaração do presidente quando disse que pretendia um treinador com o perfil de Peseiro.
Posto isto, não acho que haja motivo para os sócios se sentirem esperançados. Se esta direcção não sair imediatamente e se não se marcarem eleições, a demissão de Peseiro e a contratação de um desses nomes de que por aí se fala, será apenas mais um passo na direccção errada.

ELEIÇÕES IMEDIATAMENTE! VIVA O SPORTING!

Monday, October 17, 2005

Paz à sua alma

Morreu Carlos Gomes, um dos grandes atletas da nossa história. Condolências à família e amigos.
Mudança

O que se está a passar no SPORTING é triste, muito triste.
Para não estarmos aqui com muitos rodeios, vou directo ao assunto. A administração do SPORTING é a principal responsável pela situação. O treinador tem responsabilidades, provavelmente muitas. Mas quem gere o clube são os dirigentes. E os dirigentes actuais do SPORTING mostram, a vários níveis, serem incapazes de comandar o SPORTING. Resultado: um clube à deriva.
Enumero, não exaustivamente, aquelas que me parecem ser as maiores falhas da direcção, a maior parte delas bastante graves.
A direcção do SPORTING não soube nunca relacionar-se com a SAD. Falhas na escolha dos administradores e incompatibilidades de vária ordem traduziram-se num saltitanço constante dos administradores e funcionários da SAD. Desde que Dias da Cunha tomou posse já passou pela SAD uma dúzia de administradores e outros altos funcionários que acabaram por ter que sair devido a incompatibilidades com o presidente. Pessoas decisivas na vida do clube como Miguel Ribeiro Telles, passando por altos funcionários como Carlos Freitas, até pessoas do círculo próximo de Dias da Cunha, como Soares Franco, ninguém escapa: mais mês, menos mês lá vem uma desculpa esfarrapada para mais uma demissão. Estabilidade, elemento fundamental numa gestão deste tipo de actividades, é coisa que há muito não há no SPORTING. Há sempre alguém que está para sair, menos Dias da Cunha, claro, cujo único objectivo é ser o «presidente do centenário».
Há também a questão dos treinadores. Depois do erro clamoroso que foi a escolha de Fernando Santos, seguiu-se mais uma decisão errada: a de contratar José Peseiro, um treinador inexperiente e incapaz de suportar situações de convulsão como aquelas que vieram a surgir no SPORTING. Quando o SPORTING precisava de treinadores com capacidade de exercerem lideranças fortes, a administração ia à procura dos treinadores mais baratos do mercado, como se o salário fosse o critério mais importante na escolha de um treinador.
A relação com os adeptos também não tem sido a mais correcta. Com Dias da Cunha a querer vincar a toda a hora que não toma decisões em função das opiniões dos sócios, estes sentem-se, cada vez mais, como meros contribuintes a quem poucas vezes é dada a palavra. E nem me apetece voltar a falar aqui de atitudes disparatadas como aquela de permitir que um grupo de adeptos entre nas instalações do clube para interpelar jogadores e treinador. Ainda hoje estou para saber se Dias da Cunha se apercebeu da gravidade desta atitude.
Podia continuar, falando das relações com outros clubes e com os órgãos de gestão do futebol português, mas isso ficará para outra altura.
Por agora digo apenas que a actual situação é insustentável. Receio que Dias da Cunha ainda não se tenha apercebido do barril de pólvora que se está ali a acumular e que pode explodir com consequências desagradáveis a qualquer momento.
Confesso que tenho dificuldade em perceber esta vontade de nada mudar de Dias da Cunha. Não acredito que seja o amor à causa que o mantém no seu lugar. A questão do centenário bem como a vontade de levar o mandato até ao fim também não são razões suficientes para esta cegueira. Posso estar errado, mas esta fuga para a frente deve-se, a meu ver, a uma questão de teimosia: Dias da Cunha não quer assumir os seus erros de gestão no clube. E julga que os pode tapar com uma irresponsável manutenção da situação, qualquer que ela seja.
Esta história dos 15 dias de reflexão é um bom exemplo disso: claro que não se reflectiu nada porque não havia nada para reflectir. O que se fez foi adiar por mais 15 dias a insustentável situação, mas com tudo a continuar na mesma. Reflectir para quê? O diagnóstico está feito: o SPORTING precisa de eleições porque esta direcção já não tem legitimidade moral para gerir o clube e está à beira de perder a legal por falta de quorum, tantas têm sido as demissões. O SPORTING precisa de mudar de equipa técnica porque esta mostra, de jogo para jogo, como está ali para se afundar em conjunto com o resto, não sendo capaz de expressar a mais leve vontade de mudança. O SPORTING precisa de dispensar alguns jogadores, contratar outros e, sobretudo, impor um mínimo de profissionalismo aos que lá ficam, que é coisa que parece não existir ali muito. Só uma pessoa que está completamente a leste do que é o futebol permite que um jogador como Beto continue a ser capitão do SPORTING depois do que fez a um colega de equipa. O SPORTING precisa de trazer os sócios para a vida do clube, em vez de os espantar, esperando apenas que eles paguem bem para ver os miseráveis jogos de futebol que lhes vão sendo oferecidos. Ou seja, o SPORTING precisa de mudar, imediatamente. Sob pena de se hipotecarem um conjunto de valores vitais da vida do clube que levarão outra dezena de anos a recuperar.
Tenho reparado que os sportinguistas vão divergindo quanto aos destinos do clube. Cada cabeça sua sentença e ainda bem que assim é. Mas numa coisa estamos todos de acordo: assim não vamos a lado nenhum. E não basta vir com blackouts e períodos de reflexão. Face ao estado a que esta direcção deixou levar as coisas, só com mudanças mais profundas é que poderemos resolver alguma coisa. E que se mude o mais rápido possível, enquanto é tempo. Eleições no clube, imediatamente!

Friday, October 14, 2005

SPORTING - Académica

Vamos lá ver no que é que este jogo vai dar. Incerteza é o que vai na cabeça de todos os sportinguistas. E agora, «ou sim ou sopas», como se costuma dizer...
Força SPORTING!

Thursday, October 13, 2005

3 dias de folga

A equipa joga com muito entendimento entre os jogadores; em termos de preparação física não há quem aguente tanto como nós; o treinador tem todos os esquemas bem ensaiados e a equipa responde a qualquer adversidade; há uma grande união entre os jogadores e eles dão-se muito bem entre si; a direcção da SAD sabe perfeitamente o que fazer para compensar financeiramente a eliminação das provas europeias; sabemos quem são os responsáveis directos pelas medidas tomadas e os adeptos estão tranquilos face ao rendimento da equipa bem como ao comportamento do SPORTING em geral.
Face a estas premissas óbvias para toda a gente, é justo que se dêem 3 dias de folga numa semana aos nossos jogadores!

Tuesday, October 11, 2005

Outro editorial

Para um clube que está em blackout - o que quer que isso seja - é de estranhar a quantidade de «comunicações» que o presidente do SPORTING vem fazendo.
Porquê esta súbita necessidade de estar a justificar acções ou a endereçar «palavras de união da família sportinguista»? Vindas da parte de quem sempre achou que tinha muito pouco a justificar «às vontades da bancada», para utilizar a sua expressão, esta repentina decisão de Dias da Cunha em falar muito para os sportinguistas e esta facilidade com que vão saltando informações do interior da SAD cá para fora, é, no mínimo, inédita.
Basta de reflexão. O que nós agora precisamos é de acção. Ou pensam que tudo se resolve metendo na prateleira mais um ou dois administradores da SAD, para irem fazer companhia a uns tantos que Dias da Cunha já tratou de lá colocar. E a este respeito, deixo-vos como tpc a elaboração de uma lista com todas as pessoas que ao longo deste mandato trabalharam com Dias da Cunha na SAD e acabaram por se afastar ou serem afastados. Despachem-se que a lista é longa.
E se vocês quiserem saber como é que um problema se agrava por não se atacar na sua raíz...

...é esperarem pelo início do jogo contra a Académica e verem o Beto entrar em campo com a braçadeira de capitão.

Friday, October 07, 2005

Visitas

O site do nosso clube disponibiliza informação sobre as visitas guiadas à Academia SPORTING. A informação é detalhada mas há um ponto importante que está em falta: não diz se essa visita contempla uma reunião com os capitães de equipa ou com o treinador. Eu gostava de saber se posso chegar lá, e falar com quem me aparecer à frente, desde que cumpra alguma função no clube, e fazê-los ouvir as minhas opiniões. É que eu tenho ideias muito claras acerca do posicionamento dos bonecos no treino dos livres. E também gostava de ir lá dizer qualquer coisa sobre aquela modalidade que consiste em jogar a bola com as mãos - tipo andebol para marcar golos de cabeça - e que deixa sempre os nossos jogadores com um aspecto de plena realização desportiva; basta ver os sorrisos que a empolgante actividade lhes provoca.
Se há quem possa chegar lá e ser recebido para dizer o que acha sobre o que quer que seja, então que se abra essa possibilidade a todos. Ou será que esta «democracia participada» de que o Peseiro fala a toda a hora é só para os que ameaçam com desacatos?
Começou a corrida

Pressentem-se grandes movimentações em torno dos lugares que, ao que parece, vão vagar na SAD e na equipa técnica do SPORTING. Tudo o que é empresário, dirigente e opinador vem, de forma velada, lançar uns nomes para a telenovela que se está aqui a montar. Não vou referir nomes, até porque nenhum dos que vi sugeridos para treinador ou para a SAD me satisfaz.
O SPORTING tem que tomar decisões e, no que respeita à contratação de treinadores, tem que ser muito cauteloso. É por isso que acho que mais uma solução tipo-Peseiro, que é o que se afigura a avaliar pelos nomes que já aí andam, será um disparate. O SPORTING terá que apostar num treinador de qualidade e que seja já um valor seguro. Custa muito dinheiro? Pois custa. Mas custa mais ainda apostar em pessoas que não se sabe se são as indicadas para a tarefa que está em causa: pegar num grupo de jogadores completamente desorientado e fazer daí uma equipa de futebol.
É um assunto que me causa sempre alguma apreensão: porque é que se gasta tanto dinheiro em jogadores - mais milhão de euros, menos milhão de euros - e quando chega a altura de contratar um treinador o SPORTING vai à procura do mais barato que houver no mercado?

Tuesday, October 04, 2005

Hipocrisia

Pelo que a SAD do SPORTING fez saber de forma velada, como é costume em situações de aperto, vai ser dada mais uma oportunidade a José Peseiro: o jogo com a Académica. Dois aspectos merecem comentário. Primeiro o facto de estes administradores, ao contrário do que dizem, viverem da casuística dos resultados. Se não fosse assim nunca seria um jogo contra a Académica que poderia provocar decisões. E em segundo lugar, o que há a destacar é a hipocrisia que é adiar tudo por mais 15 dias. E se o SPORTING ganhar à Académica? O treinador fica a arrastar-se por ali durante mais uns jogos até que o a situação volte a ser insustentável. O bom gestor é aquele que sabe decidir no momento e o momento de tomar decisões é este. Dias da Cunha teria que fazer uma de duas coisas: ou demitia já o treinador, aproveitando esta paragem de duas semanas, bem como a posição da equipa na tabela classificativa que ainda permite lutar pelo campeonato, ou então afirma que o treinador fica, aconteça o que acontecer, mesmo que isso signifique não ir à UEFA, por exemplo, assumindo as devidas consequências dessa atitude no final da época, ou seja, demitindo-se a si próprio e a toda a administração, convocando eleições e afastando-se do SPORTING nos tempos mais próximos.
Esta história de vir com oportunidades de mais um jogo aqui, mais outro jogo acolá, para ver se Peseiro lá vai amealhando mais uns pontitos, é o pior que se pode fazer. E é precisamente o que se está a fazer. Está-se a adiar o inevitável. Porque não é preciso saber muito disto para se perceber que nenhum treinador faz alguma coisa de jeito nessa base do «tenho que ganhar o próximo se não vou para o olho da rua». Aqui temos mais um sinal evidente da incompetência generalizada que é a gestão actual do SPORTING.

Já agora, como sócio do SPORTING e accionista da SAD, gostava de saber, só por curiosidade, se os dois funcionários Paulo de Andrade e Rui Meireles já apresentaram justificação credível (atestado médico, judicial ou qualquer outro do género) para o facto de terem abandonado o seu local de trabalho, antes da hora de saída, lá em Paços de Ferreira. Qualquer funcionário que se ausente do posto de trabalho antes da hora - que foi o que esses dois senhores fizeram - deve uma justificação ao patrão, ou não?

Monday, October 03, 2005

«Até agora, tudo bem» (diz o tipo que se manda do 10ª andar, quando vai a passar pelo 5º)

Para falar a sério, acho que Peseiro está com a cabeça tão desorientada que já nem é capaz de perceber que é ele prório um dos que mais tem a ganhar com a sua saída do SPORTING.
E é então para estes momentos que serve a direcção. Para dirigir colocando acima de tudo os interesses do clube. Só que estes cavalheiros que estão no SPORTING, arrogantes e petulantes como são, teimam em manter artificialmente Peseiro no cargo, apenas para não fazerem um cedência àquilo que dizem as pessoas de bom-senso acerca da situação da equipa. É óbvio para qualquer um que o apoio dos dirigentes a Peseiro é um falso apoio. Viu-se em Paços de Ferreira: Dias da Cunha nem sequer lá estava, devido a mais um dos seus «compromissos inadiáveis» e Paulo de Andrade - o dirigente que só aparece quando a equipa ganha - resolveu sair mais cedo em direcção a Lisboa, deixando Peseiro entregue a um comentador de touradas ou lá que raio é, completamente exposto à malta que gritava pela sua demissão. Se isto é apoio...
O que temos aqui é um aproveitamento cobarde de Peseiro. A direcção do SPORTING sabe que alguém vai sair mal deste filme. E acham que, enquanto Peseiro vai ardendo aos poucos, eles se vão protegendo sem se chamuscarem. Enganam-se. Qualquer adepto do SPORTING percebe que Dias da Cunha e seus pares têm apenas como objectivo salvarem-se da melhor maneira possível. Para isso vão-se aproveitando de um simplório completamente à deriva que, dada a sua inexperiência, ainda não percebeu que o melhor que tem a fazer é ir-se embora.
Esse é o problema de Dias da Cunha e seus colegas: falharam na contratação de Fernando Santos e de José Peseiro e não querem dar a cara assumindo o erro cometido, duas vezes seguidas, na contratação de treinadores, o que é muito. E isto, para mim, não passa de vaidade pessoal e arrogância cega.
Eles não entendem, ou não querem entender, que esta situação vai muito além de um mero resultado desportivo. O afastamento dos adeptos face à equipa tem um valor enorme que a direcção está a hipotecar, apenas por capricho.
Esta cegueira da direcção vai acabar mal. Não tenhamos dúvidas. Com o SPORTING a ser enxovalhado por meia-dúzia de cavalheiros que ninguém sabe muito bem o que é que estão ali a fazer, uma vez que se queixam a toda a hora que é um grande incómodo ter que aturar os adeptos enraivecidos.
Se gostam do SPORTING, como estão sempre a dizer, vão-se embora e levem consigo a equipa técnica e os «assessores de comunicação» que para ali trouxeram. O SPORTING agradece. Convoquem eleições e dêem a palavra aos sócios, aqueles que realmente se interessam pelo futuro do SPORTING.

Pequena nota sobre o que se passou na 6ª feira à noite: é absolutamente lamentável o comportamento de uns quantos canalhas durante e após a assembleia geral. Este tipo de adeptos, que se enganaram na cor quando escolheram clube, gostavam era de ter ali um Vale e Azevedo para poderem dar larga às suas frustrações e fazerem do SPORTING palco de uma bandalheira e pancadaria. Mas não vão conseguir. O SPORTING é um clube de gente que se sabe comportar e não são estes energúmenos que o vão conseguir mudar.
Apito Dourado

O jogo entre o Marítimo e o Porto fez lembrar os velhos tempos pré-«apito dourado». Grande Penalidade por marcar; golo mal anulado; dualidade de critérios nos cartões; descontos exagerados no fim do jogo, enfim, Duarte Gomes teve que recorrer a todas as «ferramentas» ao seu dispor para ver se aquilo lá ia. Uma vergonha que os jornas e opinadores da praça, como é costume, deixaram passar sem qualquer referência.
Só teve um aspecto positivo: serviu para «mostrar às criancinhas que ainda não eram nascidas», como é que eram os jogos do Porto há uns anos atrás.