Tuesday, November 29, 2005

De volta ao vinil

Fui vasculhar nos discos antigos. O objectivo era apenas poder olhar para a capa. Acabei por ouvir o disco do princípio ao fim, coisa que já não fazia há alguns anos. Valeu a pena. De tal maneira que já o passei para o IPod.
Thank you very much, George.
SPORTING - Guimarães

Provavelmente a melhor exibição desde que Paulo Bento é o treinador. Ainda há muita coisa para melhorar mas a atitude geral da equipa parece ser diferente da de há dois meses atrás. Vai ser precisa alguma paciência até que a equipa possa atingir um bom nível competitivo. Vamos aguardar com convicção e tranquilidade.
Liedson

Gostei das respostas de Paulo Bento acerca da situação de Liedson. É assim que se fala com jornalistas.

Monday, November 28, 2005

Os comentadores que se cuidem

Está confirmado: aquele sujeito loiro que costuma estar com uma mão no queixo durante os jogos do clube galináceo é candidato a comentador, num jornal ou numa televisão qualquer. Semana após semana não há tema que lhe escape. Ele tem opinião sobre tudo o que se passa no futebol português, das outras equipas à arbitragem, passando pela selecção e pelos dirigentes. Esta semana até andou para lá com umas palhaçadas gestuais, tipo Nuno Gomes, daquelas de fazer inveja a qualquer um da onda Chapitô.
Como ele fala de tudo menos daquilo que deve - explicar o futebol miserável da sua equipazinha, por exemplo - está claro que chegou para a profissão errada. Mandar bitaites parece ser a sua verdadeira vocação.

Monday, November 21, 2005

E agora?

Na jornada passada o bandeirinha Guilherme, essa inenarrável figura do trapezismo verbal, tomou a inédita posição de criticar um árbitro pela sua prestação num jogo, nomeadamente, a propósito da arbitragem do SPORTING – União de Leiria. Desde que este artista é responsável pela nomeação da arbitragem, esta foi a única vez que o vimos concordar com as críticas feitas ao árbitro. A razão única desta mudança é o facto de o suposto beneficiado ter sido o SPORTING, motivo suficiente para o bandeirinha Guilherme ter aberto a tal excepção ao seu comportamento. Claro que o bandeirinha Guilherme foi na onda, tal como todos os outros, e se esqueceu de ver que a jogada do tal golo mal anulado nasce na sequência de um fora-de-jogo que se tivesse sido assinalado, como mandam as regras, nada desta conversa fiada de quintos árbitros, chips e outras manigâncias teria aparecido. E o bandeirinha Guilherme até foi fiscal de linha, razão acrescida para ter percebido melhor a jogada e não ter vindo para a praça pública largar disparates.
Nesta jornada houve uma bola que não entrou na baliza da Académica e o árbitro marcou golo e houve uma daquelas grandes penalidades - estrategicamente assinalada contra o Braga - digna de figurar na antologia calabotense. Ficamos à espera da atitude do bandeirinha Guilherme: será que vai manter a sua habitual defesa intransigente dos disparates dos árbitros ou será que vai abrir mais uma excepção à sua conduta, como fez a respeito do pseudo-golo do Leiria? Não é preciso ser bruxo para adivinhar…

Monday, November 14, 2005

Mesmo a calhar

No Público de domingo foi publicada uma notícia sobre um estudo de uma empresa dinamarquesa – Mandag Morgen – acerca das relações entre o jornalismo desportivo e os acontecimentos que este cobre. Foram tidos como objecto de estudo cerca de 10 mil artigos de 37 jornais diferentes, respeitantes a 10 países. Nenhum jornal português foi alvo desta iniciativa.
Os estudos valem o que valem e como Sir Humphrey do Yes, Minister bem disse, há sempre estudos para corroborar tudo o que se possa imaginar, por mais disparatado que seja. Ainda assim, esta investigação parece ter sido determinada por critérios de rigor, e merece uma leitura. Não pretendo fazer desta investigação teoria. Refiro-a apenas porque me parece que contém conclusões muito interessantes, sobretudo se tivermos em atenção o que se vai vendo pelo jornalismo da área desportiva em Portugal.
A ideia global que se extrai desta análise pode-se resumir em poucas palavras: o jornalismo desportivo tem muito pouco de jornalismo e bastante de publicidade e marketing. Chegando ao ponto de se colocarem em causa valores que deveriam ser fundamentais na conduta do jornalista enquanto profissional que tem a função, acima de tudo, de informar. “Funcionalmente falando há poucas dúvidas de que os jornalistas desportivos actuam como relações públicas. A imprensa desportiva é um dos maiores fazedores de mitos e deixa muitas questões por responder.”, afirma Dante Chini do Centro para a Excelência do Jornalismo nessa investigação.
Isto cai que nem uma luva no que se passa no jornalismo desportivo português. Só o mais distraído dos leitores é que ainda não percebeu que por cá o jornalismo desportivo não tem quase nada de jornalismo e muitas vezes também tem pouco de desportivo. Poderia enumerar aqui um rol de lacunas de que ele sofre. Não vale a pena.
O que eu achei interessante foi associar este estudo a uma notícia do Expresso de Sábado – página inteira e chamada na capa – em que se “noticía” o facto de o clube galináceo ter elaborado uma lista de orientações acerca do modo como irá funcionar o seu centro de estágio. Até parece que este vai ser o primeiro Centro de Estágios em Portugal. A fonte são as declarações de um tal de A. Carraça que, ao que consta, foi sindicalista e agora é gestor lá no clube. E no que isto resulta não é mais do que uma não-notícia. Diz Carraça que pretende formar jogadores tendo dando especial atenção a aspectos como a “velocidade”; “criatividade”; “robustez”; “técnica” e “disciplina” – não sei se vão incluir um item qualquer sobre a proibição de dar entrevistas ameaçando com a saída do clube... talvez seja necessário. O que é fantástico é que isto não passa de um chorrilho de lugares-comuns daqueles que se atiram ao povo em comício eleitoral. Qual o treinador de clube da 3ª divisão que não tem o desejo de formar jogadores com aquelas 5 características? Onde é que está a novidade? Mas Carraça não se fica por aqui. Vai ao ponto de lançar os nomes do que ele considera serem os modelos que vão definir a formação das jovens estrelinhas. E aí temos uma lista de jogadores que mais parece a votação dos MVP internacionais do ano, à excepção de Nelson que é lançado apenas porque é a vedeta mediática que está em “fabrico” pela agência de marketing Bola & Record com TVI à Mistura – Invenção de Craques por Encomenda, empresa a que este clube frequentemente recorre sempre que precisa de inventar um estrelita. [Nelson é bom, mas não é tão bom como nos querem fazer crer]. Carraça quer ser levado a sério e trata de polvilhar a sua estratégia com muito palavreado do tipo “coordenação com as instituições de ensino”; “apoio de formadores ligados a universidades”; “formação do homem e não só do atleta” – é pena que este item não tenha sido posto em prática durante a formação da Maria João Pereira – e uma “proximidade entre o clube e a família”.
Talvez devido ao facto de o campeonato estar parado e as historietas da selecção de Scolari já não interessarem a ninguém, o Expresso, para encher os quilos de papel que tem que vender, tenha que encher uma página com uma manifestação de intenções que de notícia não tem nada. Podia ter colocado um daqueles economistas que nas horas vagas são comentadores de sofá a afirmar, numa página no suplemento de economia, que é preciso “produzir mais e melhor”; “normalizar a cobrança de impostos” e “dinamizar o sector empresarial de modo a reduzir o desemprego” que seria a mesma coisa. Ou seja, nada de novo: encher uma página com banalidades que qualquer palerma consegue atingir. Nada que tenha interesse jornalístico. Precisamente o que o estudo da Mandag Morten refere. Diz Knut Helland nesse estudo: “a maioria do jornalismo actual é publicidade editorial.” Pois é. E má publicidade acrescentamos nós.

Friday, November 11, 2005

Descanso

Parece que a prestação contra o Santos foi positiva; não vi nada do jogo. Agora há uns dias de paragem que podem ser positivos para a recuperação de alguns jogadores.
Esperamos pelo regresso, em força.

Monday, November 07, 2005

SPORTING - Leiria

Dois aspectos positivos: Paulo Bento está com vontade de mudar e há muito bons valores no plantel do SPORTING.
Dois aspectos negativos: a preparação física da equipa é fraquíssima e a defesa é incapaz de resolver as situações de jogo mais básicas.
Quanto à arbitragem: nada de novo. Incompetência sem limites. Mas tenham a dignidade de confirmar que somos nós, os sportinguistas, que achamos há muito que a arbitragem portuguesa precisava de uma "limpeza" geral do género: correr com todos os árbtros, bandeirinhas, dirigentes de árbitros e observadores de jogos para começar o processo todo de novo com gente nova, sem vícios, que não tenha nada que ver com os que lá estão agora.
Água oxigenada, 20 volumes, comprada na Farmácia Central

O treinador do clube galináceo resolveu passar um fim-de-semana verde, falando do SPORTING a torto e a direito. No seu melhor espanholês tratou de comentar o golo mal anulado ao Leiria com bastante insistência, referindo que "andava preocupado" e que "aquilo tinha sido um absurdo". Como se tivessemos ali um facto absolutamenter inédito no futebol cá da paróquia. Mas o que se passou em Alvalade não é inédito, é apenas mais um sinal da incompetência que reina na arbitragem. Incompetência essa da qual o clube de Koeman tem sido o maior beneficiário. Eu percebo o motivo da agitação: por um lado serve para "legitimar" roubos descarados ao SPORTING nos próximos 3 meses, sempre com aquela conversa do "golo do Leiria por isso estejam lá caladinhos". Por outro serve para desviar a atenção de mais uma roubalheira de que o Rio Ave foi vítima. Roubalheira essa que, por ter sido continuada ao longo dos 90 minutos, está para lá da simples miopia e incompetência do bandeirinha que não viu o golo limpo do Leiria. Aliás, "absurdo" - para utilizar o termo de Koeman - é o que se passa no segundo golo dos galináceos: bola a 20 metros do local da falta; falta marcada sem o árbitro apitar e Mantorras a atirar-se para o chão, executando exemplarmente o número do mergulho na zona de ataque, tão em voga no circo lá do galinheiro. Ou será que este holandês quer mesmo passar por idiota, julgando que os outros é que são idiotas?
Entretanto apareceu também aquele empresário da laca no cabelo a balbuciar qualquer coisa sobre a arbitragem do jogo do SPORTING: como não entendi quase nada do que ele disse, enquanto não houver tradução para português ou outra língua que eu saiba, não posso dizer nada.

Friday, November 04, 2005

Recomeçar

Com o que ainda falta de campeonato e com a prestação dos adversários é possível pensarmos que ainda há muito para fazer e algumas coisas para conquistar. Vamos aguardar pelas melhoras que possa trazer o trabalho do Paulo Bento.
Força SPORTING!