Friday, March 31, 2006

Divirtam-se

A capa de hoje, 31 de Março de 2006, do lampião jornal Record é digna de ser analisada com calma: é riso por conta.
Começa por nos dizer que "Luisão está cada vez maior". Até aqui nada de mais: o gigantismo é uma doença já há muito tempo conhecida. Qual é a novidade?
Depois ficamos a saber que ele é totalista da Liga dos Campeões. Pudera, com a qualidade dos centrais que lá há só mesmo um castigo ou uma lesão é que o tiram da equipa. Nada de novo, portanto.
Também ficamos a saber que não vai ser negociado antes do Mundial. E a pergunta que surge é: alguém estará interessado em negociá-lo em Março?
Depois vem o valor: no galinheiro é costume fazer-se saltar para alguns jornais essa história da "base de licitaçâo". Acontece que um jogador é suposto ser negociado por duas partes e a outra também pode dizer alguma coisa sobre as negociações. Foi isso que o Liverpool fez a respeito de Simão. Também aqui o galinheiro queria fazer crer que havia um altíssimo patamar mínimo, provavelmente para que os seis milhões acreditassem que a direcção estava muito zelosa dos interesses do clube. Bastou um director do Liverpool, uns meses depois, abrir a boca e a teoria da «jóia da coroa» que não se vende foi logo pelo cano: embora tenha passado ao lado de muitos meios de comunicação, o director do Liverpool disse que nunca existiu esse patamar mínimo dos 15 milhões de euros e que o negócio só não se concluiu porque os directores do galinheiro todos os dias arranjavam mais um obstáculo à transacção porque não o queriam vender «com medo dos sócios».
E há mais. O Record informa-nos que «Léo é jogador do mês». O que quer que esta distinção seja, acho que é justa: fazer uma assistência para golo, depois de fintar um adversário lesionado caído no chão, não está ao alcance de qualquer um. É justo o prémio.
E por fim o mais interessante: Moretto - parece que é futebolista profissional - está a treinar com os pés. Uma hora, mais precisamente. Nesta matéria tenho dúvidas: não sei se uma hora é suficiente. Talvez uma hora e meia... o que é que acharão os sábios da bola?

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