O presidente da junta
Já saiu a lista dos convidados de Scolari, o presidente da junta, como ele não se cansa de referir. Se não se tratasse de um assunto sério até podia dar para rir: o atrevimento deste seleccionador consegue ir mesmo muito longe. Já tratou de demonstrar que os seus interesses estão acima dos da selecção que ele deve treinar. Faz questão em não ver jogos, mistura os seus negócios pessoais com o trabalho da equipa e ainda arranja tempo para se intrometer no trabalho das equipas técnicas das outras selecções nacionais. Afirmando sempre que é ele que manda, não fosse ele o presidente da junta. Só quem sente em causa as suas capacidades de liderança é que necessita de estar a toda a hora a vincar esse mesmo poder. É o caso deste cavalheiro: precisa de estar sempre a dizer que é ele que manda, colocando em causa a Federação, a Liga e outros órgãos do futebol, porque na prática é um tipo frouxo que só gosta de lidar com aqueles que o bajulam. É o que eu considero um incompetente.
Vejamos a lista dos convidados. Há um guarda-redes que nem sequer está no banco da sua equipa (Quim) e há outro (Bruno Vale) que vai a dois torneios, sem que se perceba qual o critério. No fim o que resta é que só um tipo completamente a leste do futebol português é que acha que estes são os três guarda-redes mais habilitados para fazerem parte da selecção.
Na defesa a história repete-se. Miguel e Ricardo Costa não são titulares das suas equipas. Não mostraram ao longo da época valor para fazerem parte da selecção, mas aí vão eles ao Mundial. Um jogador como Tonel fica de fora só por ser do SPORTING e porque Scolari não gosta nada do SPORTING, tal como não gosta mesmo nada do Porto. No meio campo a palhaçada é total: um jogador que não joga porque foi despedido do seu clube (Costinha), dois que praticamente pouco jogaram e não mostraram grande serviço quando o fizeram (Hugo Viana e Maniche) e ainda um outro (Petit) que não vale nada como jogador e só a protecção dos árbitros na Liga portuguesa permite que ele vá andando pelo campo a distribuir paulada em quem lhe aparece à frente: claro que com uma arbitragem séria este tipo nunca joga 90 minutos. Nos avançados temos mais do mesmo: Hélder Postiga e Nuno Gomes são dois jogadores sem lugar na selecção – nada mostraram ao longo da época para lá estarem. Boa Morte, sendo um jogador razoável, só vai porque Scolari ainda tem tempo para mais umas provocações ao Porto, no caso, ao não levar Quaresma.
Scolari tem um comportamento requintado. Só um tipo muito engenhoso é que consegue ser BEM pago para ser seleccionador nacional e ter a lata de não colocar na selecção os dois melhores jogadores portugueses a actuar em Portugal, Ricardo Quaresma e João Moutinho.
Não vale a pena dizer muito mais. Os interesses do presidente da junta estão acima de tudo. As desculpas surgirão com a maior das naturalidades como é característica deste tipo de espertalhões.
Sou português, quero que Portugal ganhe. Mas a razão diz-me que este seleccionador e os seus convidados mereciam perder os três primeiros jogos por 3 ou 4. Para voltarem de bolinha baixa. Já não há pachorra para aturar este indivíduo. Nunca mais chega a hora de o ver a treinar o galinheiro.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment