Afinal, tudo na mesma
É certo que o SPORTING não está a jogar grande coisa. A quem quer ser campeão exige-se muito mais. Jogadores em má forma física; outros com a birra; outros a fazerem tudo o que sabem mas tudo o que sabem é muito pouco; almoços e jantares de dirigentes e pretendentes a dirigentes mesmo ao jeito das parangonas dos jornais ditos desportivos e uma grande instabilidade vinda das bancadas, consequência da falta de paciência dos adeptos para tantos e tão consecutivos erros nos momentos decisivos.
Isto já era cenário mais do que suficiente para não irmos além do terceiro lugar. Mas quem manda no futebol português - o futebol português tem quem mande nele e não é o capricho da bola - resolveu que não chegava e tratou de atacar o SPORTING de uma forma despudorada à boa maneira dos velhos tempos em que os Pintos eram donos desta merda toda (e, se calhar, ainda são). E vai daí começaram a torpedear o SPORTING com roubos escandalosos, daqueles que não deixam dúvidas a ninguém acerca das suas motivações. São feitos precisamente para que toda a gente saiba que o SPORTING é alvo a abater. A escolha dos árbitros, as decisões durante o jogo, a falta de consequências a extrair acerca do que se passa nos jogos, são os sinais evidentes de que o assunto está "tratado".
Como já repararam ao longo destes meses, devo ser o mais céptico dos portugueses acerca das possibilidades de regeneração do futebol português com base no Apito Dourado. A entrada de rompante de Maria José Morgado é fogo fátuo. Nada tenho contra a senhora; acredito que ela queira limpar este lamaçal. Mas não vai conseguir. O que se monta em 30 anos não se desmonta em 30 dias. E se reparem bem, o momento em que Maria José Morgado toma conta do processo, coincide com um comportamento descarado por parte dos aldrabões que mandam nisto. O que só um ingénuo pode considerar coincidência. Não sinto que estejamos a pagar pelas declarações anti-sistema de Dias da Cunha. O que motiva este ataque ao SPORTING e a mais duas ou três equipas e o favorecimento do FC Porto e seus amigos está para lá de Dias da Cunha. É um ataque a Maria José Morgado e a todos os que tiveram a veleidade de pensar que alguma coisa ia mudar. O sinal é simples: armaram-se em espertinhos com apitos dourados, carolinas e marinhos neves? Então tomem lá que é para da próxima vez estarem caladinhos e não se meterem connosco.
Podemos protestar jogos, fazer manifestações, contestar e tudo o mais. Nada vai mudar. O Porto sentiu-se um bocadinho apertado por causa do que se passa com Pinto da Costa e a resposta a isso foi uma série de arbitragens ao estilo Calheiros-Martins dos Santos. Que pena que eles devem ter de já estarem na reforma; se ainda estivessem no activo teriam a oportunidade de praticar à grande a única coisa que sabiam fazer dentro de um campo de futebol: roubar. Tudo à vista de toda a gente, até mesmo da justiça que, parece, está a investigar.
Vão mudando os nomes, o resto é tudo o mesmo.
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