A questão (do) central
José Peseiro tem um problema. Aliás, como qualquer treinador, tem vários. Mas há um que se destaca porque é o que o assusta e o que mais o preocupa: que fazer com Beto? Como qualquer adepto de futebol, por mais básico que seja, já percebeu, Enakarhire é titularíssimo e a seguir a ele está Polga, com Beto a grande distância. Peseiro sabe que a lógica natural das coisas consiste em dar a titularidade a Enakarhire e a Polga. Mas Peseiro também sabe que Beto já foi capitão de equipa, é muito defendido por alguns sectores de adeptos e gosta de se mostrar opinativo sobre o que se passa com a equipa - veja-se a sua atitude quando soube que Mourinho podia vir treinar o SPORTING. Resulta daqui que Peseiro sabe que Beto não tem lugar na equipa e que soluções tipo lateral direito e trinco mais não são do que remedeios para o por a jogar, o que até já nos custou alguns dissabores. Por agora está safo porque o Beto lá vai tendo umas lesões. Quando ele estiver apto é que vai ser: porque a verdadeira questão, trágica para a equipa, é perceber-se que há jogadores que jogam porque o treinador não é capaz de os colocar no banco. Isso vai dar problemas porque aí fica em causa um dos mais elementares princípios de justiça do futebol. Da minha parte, não se trata de nada contra o Beto em particular, nem de nada a favor dos que jogam. Trata-se apenas de, como adepto, sentir que quem manda na equipa é o treinador, sem medo. É isso que eu desejo.
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