Podem ir por uma estrada nacional
Devido à falta de assunto propiciada pela longa paragem nas competições nacionais, os árbitros arranjaram maneira de continuar a ser o centro das atenções, facto, aliás, que lhes dá muito gozo.
Desta vez, parece que querem aumento de salário e estão dispostos a avançar para uma greve. Eu acho bem. No meio dos muitos disparates com que os dirigentes da arbitragem nos têm servido com tanto protesto, a sua ausência dos estádios, devido à tal greve, é a única coisa que se aproveita. Seja por que motivo for, é sempre bom para o futebol português ver os árbitros bem longe dos estádios. Poupam-nos, por uns tempos, às suas artimanhas usuais.
Com as reclamações que eles fazem nem vale a pena perder muito tempo. O pouco de sensato que poderiam reclamar é logo abafado por reivindicações estapafúrdias - a maioria delas - próprias de quem ainda não percebeu bem o que é ser árbitro de futebol, o que é que deve dar origem a uma greve, o que é a realidade de gestão do futebol português e quais os direitos que se podem reivindicar face a uma actividade profissional secundária, tipo part-time. Destaco aquela da proibição de "tanta transmissão televisiva de futebol ao fim-de-semana". Mais do que anotar a estupidez que é vermos os árbitros a dar bitaites sobre programação de televisão, o que é mais misterioso é o facto de não nos explicarem como é que a redução desse número de transmissões constitui motivo para ser referido pela APAF como uma medida positiva para a arbitragem portuguesa. Eles lá saberão.
E como não quero ser apenas crítico dos árbitros, termino com uma sugestão: se não lhes querem pagar as portagens da auto-estrada, resta-lhes sempre a possibilidade de irem por estradas nacionais. Fácil, não?
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