Wednesday, May 11, 2005

Desejo de vencer

Do que eu mais gostei no jogo contra o Guimarães foi da demonstração de vontade de vencer que o SPORTING evidenciou. Claro que se percebia muito bem que a equipa estava cansada; não era para menos depois dos intensos 120 minutos de 5ªfeira. Claro que se percebia que há elementos muito importantes que fazem falta; as lesões são em número considerável. Mas também ficou claro para toda a gente que, apesar de todas as dificuldades, o SPORTING foi a equipa que mostrou que queria mesmo vencer o jogo. A este propósito cumpre-me dizer o seguinte: eu percebo, até um certo ponto, que determinadas equipas usem convenientemente a estratégia de «queimar tempo» com simulações. Mas tudo tem um limite. E a equipa do Guimarães ultrapassou, e de que maneira, esse limite. Os espectadores pagam - e bem - para ver futebol e não para verem medíocres números de teatro mal ensaiado. Porque foi mesmo isso que vimos na 2ª feira: o Guimarães tem que ensaiar muito; as suas simulações não convencem nem o mais crédulo dos espectadores. Ao menos, disfarcem a sério que é para não dar tanto nas vistas.
Sobre a arbitragem de Benquerença, não gostei nada. Não vou falar do cartão amarelo ao Liedson porque, sobre isso, o que há a dizer é que o Liedson devia ter tido mais atenção ao que estava a fazer. Agora, o resto da arbitragem foi tendencialmente prejudicial para o SPORTING. Duplicidade na marcação de faltas a meio campo; critérios largos nos cartões amarelos ao Guimarães (só se mostrava o primeiro amarelo e, a partir daí, era vê-los a dar trancada na maior das tranquilidades sem verem o segundo)e, o mais grave de tudo, o comportamento dos fiscais-de-linha em matéria de foras-de-jogo. O que estava à minha frente (ataque do Guimarães na 2ª parte) passou de todos os limites: os jogadores do Guimarães «plantados» em fora-de-jogo, pelo menos 4 vezes, e ele nada. Aliás, no futebol português estamos sempre a ver coisas novas e este fiscal-de-linha tratou de arranjar mais uma para o livro. Nas situações de fora-de-jogo dos jogadores do Guimarães ele, não só não os assinalava como ainda fazia gestos com o braço esquerdo mandando-os avançar, assim ao estilo «arrumador de automóvel». O que a regra diz é que, se estiver em fora-de-jogo, se deve levantar a bandeira, se não, o fiscal-de-linha deve simplesmente continuar a acompanhar a jogada. Só que a vontade era tanta. Ainda a este respeito, quem viu o jogo pela TV notou que as repetições das situações de fora-de-jogo, por vezes insistentes, desta vez foram praticamente inexistentes, enfim...
Estamos no primeiro lugar com fortes possibilidades de aí ficar até ao fim da Superliga. Vai ser precisa uma dose reforçada de vontade e concentração. Desejamos que o consigam. Se assim for, vão ver que vai valer a pena.

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