Os chinas ainda têm que melhorar muito

Depois de ter assistido a 20 minutos do jogo Benfica - Chelsea, e ao que os comentadores iam dizendo, mal terminou o jogo tive uma ideia e saí logo à procura de uma loja de chineses. Entrei na primeira que me apareceu e aqui reproduzo o que se passou.
- Tem Searas de plástico? - perguntei ao chinês que me atendeu.
- O quê? - respondeu-me o tipo com ar atrapalhado.
- Searas de plástico - repeti - um boneco de plástico desses que vocês vendem, com a cara do Seara. É que, há meia-hora atrás, tive uma ideia que...
- Não tenho - respondeu-me o chinês num instante - Mas tenho ali uma coisa parecida.
E apontou para uma caixa que tinha um boneco de plástico com a cara do Herman José, e que soltava bolas de sabão pelo cú sempre que se carregava num botão.
- É isso - disse-lhe eu com entusiasmo - mas com a cara do Seara.
O chinês encolheu os ombros, disse-me outra vez que não e prometeu-me contactar o fornecedor «para ver se arranjava».
Saí da loja a pensar que o capitalismo chinês não é assim tão avassalador como o Alberto João quer fazer crer. Um comentador, articulista, opinador, transportador de bolos, presidente, ex-craque da bola, dirigente, escritor, ex-portador de bigode, candidato, sócio de tudo o que é associação, e tão conhecido como ele, não tem uma colossal panóplia de merchandising em seu torno? Estes chinas não sabem nada.