Monday, February 20, 2006

Uma história que se começa a repetir com alguma insistência

De há uns tempos para cá pegou uma moda que começa a chatear. O argumento é simples: o treinador da equipa favorecida vem, no fim do jogo, fazer comentários contra a arbitragem como se fosse ele a vítima. O objectivo é, por certo, lançar areia para os olhos das pessoas de modo a que não se fale do essencial.
No jogo do SPORTING contra o Paços de Ferreira, José Mota e o seu boné cor-de-laranja que fazia um belo conjunto com o fato e a gravata, resolveu fazer um interminável discurso contra a arbitragem, o sistema e mais o raio que o parta. Com todos os clichés disparatados que alguém com muito mau perder é capaz de proferir. Veio com a história do «sei de coisas que me disseram mas não as digo aqui porque vocês (jornalistas) é que devem investigar». E aproveitou também para fazer de Maya quando disse que se não fosse uma grande penalidade na 1ª parte não perderia o jogo. Tudo isto com muita «filosofia de jogo» à mistura; este é um daqueles que vê «filosofia de jogo» em todo o lado (ainda hoje de manhã quando andava à procura das meias encontrou uma «filosofia de jogo» na gaveta).
Mas vamos ao que interessa. A arbitragem foi muito má e o SPORTING foi o clube que saiu prejudicado. A penalidade de que fala o «filósofo de jogo» é penalidade e só um mau árbitro é que não a assinala. E depois há o resto do desafio que não é assim tão pouco. Dualidade na exibição dos cartões. As faltas assinaladas a Liedson quando era este que estava a ser agarrado. Tudo isto pontuado por faltas a meio campo de modo a cortarem a possibilidade de o SPORTING poder sair a jogar. Veja-se, como exemplo, aquele livre marcado contra o SPORTING mesmo no fim do jogo. Só uma enorme vontade de ver o SPORTING sofrer um golo é que pode descortinar um livre quando o jogador do SPORTING nem toca no adversário.
Eu percebo que a vitória do Guimarães - concorrente directo do Paços de Ferreira - e a possibilidade de o SPORTING se aproximar do Porto que o «filósofo de jogo» tanto adora, o tenham deixado com o pensamento um bocado turvo. Pode falar sempre que lhe apetecer. Mas meta-se com os da sua laia. Não nos chateie porque nós não temos paciência para aturar criaturinhas amuadas que não sabem perder. Porte-se como homenzinho que já tem idade para isso.

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