Vamos lá então falar de penáltis
Desde 4ª feira que os adeptos de um determinado clube não fazem mais nada se não queixarem-se a propósito de um penálti. Dizem eles que foram roubados e tentam fazer um drama nacional a propósito de uma corriqueira jogada sem consequências no essencial do jogo. À cabeça da campanha estão muitos jornalistas, daqueles que são pagos para fazerem um trabalho deontologicamente correcto.
E, nem de propósito, tivemos a oportunidade de ver o jogo de Belém para percebermos o que se passa em Portugal a respeito de grandes penalidades. Não é que haja nada de novo; já todos sabemos que para o clube do galinheiro há regras diferentes. A única coisa a destacar aqui é o facto de ter sido em dose tripla: 3 penáltis claros, a favor do Belenenses, que ficaram por assinalar. Traduzindo em pontos: o resultado sai completamente alterado pela prestação do árbitro. E para algumas televisões e jornais o facto nem sequer é digno de nota. Não sei se para esconder mais uma aldrabice de que o galinheiro beneficia, se para assentar mais um tijolo na patética teoria de que Pedro Henriques é um bom árbitro. Presumo que será um misto das duas. Ou seja: por um lado continua a valer a ideia de que para o clube do galinheiro as regras têm que ser diferentes para não se perturbar muito a nação encarnada que, coitadinha, tem andado muito desiludida nos últimos tempos; por outro lado temos o rídiculo que é a construção artificial da figura «Pedro Henriques»: uma campanha muito bem montada para nos fazerem crer que aquele é que é. Conhecem o género: reportagem televisiva com colegas a dizerem que ele é um exemplo de tudo o que há de melhor; estatísticas em jornais a debitarem uns números sobre a sua «imbatível» forma física e mais uns comentadores aqui e ali a dizerem também que ele é o máximo. E está o mito construído... apenas para alguns, claro. Porque basta ter um pouco de memória para nos lembrarmos que não é a primeira vez que Pedro Henriques faz números destes.
E que belo serviço que ele fez em Belém.
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