Thursday, September 04, 2003

Só agora?

O CSD aprovou a suspensão da actividade pública da Federação de Andebol de Portugal. Só falta a ratificação do secretário de estado - veja lá Hermínio se ainda não é desta! - o que significa que a FAP perde os poderes de gestão e de representação da selecção nacional de andebol.
Esta medida peca, a meu ver, em dois aspectos: é tardia e branda. Tardia porque esta situação se arrasta há mais de dois anos com o presidente da FAP a gozar, literalmente, com os vários agentes envolvidos na modalidade. E é branda porque, se contabilizarmos, mesmo que por alto, os custos que esta situação pode ter acarretado para os clubes, verificamos que haveria lugar a um esclarecimento, eventualmente nos tribunais civis. Repare-se: em função das diatribes políticas do presidente da FAP, houve clubes que se viram impedidos de participar nas competições europeias e houve clubes que desinvestiram na modalidade em função da situação de confusão que se vive. E tudo porque há um indivíduo que se julga o dono do andebol em Portugal!
Como é que num país que se quer moderno e desenvolvido uma coisa destas pode acontecer? Por mais argumentos que se invoquem nenhum define a situação. Quem não acompanha de perto o andebol tem muita dificuldade em entender tudo isto. O presidente da FAP tem tido, ao longo dos anos, um comportamento de verdadeiro déspota, decidindo ao sabor das suas vontades de baixa política, acerca de uma coisa que não lhe pertence - a prática da modalidade em Portugal.

Vá-se embora sr. presidente da FAP! Olhe que não fica sem trabalho: talvez o Benfica precise de um seccionista para o andebol.

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