Os números, os números...

Que o que gastam em publicidade seja mais do que o dinheiro que entra com o que publicitam, não me interessa para nada: maus gestores há por aí muitos.
Que só tenham vendido 60 mil dos 300 mil que estavam previstos, e não tenham cumprido a promessa de ir embora também não significa nada de mais, a não ser vontade de rir: gente a prometer e a não cumprir não tem nada de original. Apenas provoca graça quando se trata de assuntos irrelevantes, como é o caso, e a encenação é com pompa e circunstância, como também é o caso.
Agora, que no fim da época venham dizer que são o clube com mais assistências no seu estádio já é outra história. O ano passado havia bilhetes à borla para toda a gente: iam aos milhares para as escolas secundárias, associações de vários fins e outros lugares onde houvesse malta «com paciência para ir à bola». Eu, por exemplo, só não fui porque não quis. E não andava à procura: simplesmente vieram-me oferecer. Este ano, à 2ª jornada em casa, o festival de borlas já começou. Segundo o que se ouviu na rádio, até um congresso de enfermagem deu direito a entrada no estádio. E estavam apenas 32 mil. Quantos desses é que pagaram bilhete?
Já agora, também gostava de saber o que é que acham, acerca desta borla generalizada, todos aqueles que pagam bilhete.