Tuesday, January 31, 2006

Dúvida

Porque é que Luisão, depois de levar um nó do Liedson no 2º golo, levanta o braço e acena?

Monday, January 30, 2006

Justiça e qualidade

Jogámos bem, muito melhor do que o adversário. Jogadores em grande nível e com muita determinação. E assim conseguimos uma vitória de grande categoria. Este jogo também serviu para mostrar o que vale a equipa do galinheiro quando não tem a ajuda dos amigos do apito.
Mas agora é preciso estar alerta: com a vitória neste jogo a equipa do SPORTING ficou marcada. Os companheiros de repasto do Veiga vão aproveitar a próxima oportunidade que tiverem para nos castigarem pelo resultado obtido. Espero que a actual direcção do SPORTING, ao menos, sirva para avisar que não andamos a dormir e que sabemos muito bem que a aldrabice está planeada, tal como na época passada.
E resta-nos esperar que os galináceos nem com a ajuda dos amigos da jantarada lá consigam chegar

Sunday, January 29, 2006

Cliente bem servido

Aquele sujeito louro que treina o clube galináceo andou a semana inteira a pedi-las. Pois esta jornada teve o que mereceu. É sempre bom poder satisfazer os desejos do cliente.

Friday, January 27, 2006

20ª Jornada

Ganhar, claro.
Força SPORTING!
Ninguém lhe mete uma laranja na boca?

Aquele comentador desportivo de cabelo louro que costuma estar no banco do clube galináceo veio mais uma vez falar do que se passou num jogo do SPORTING. Não lhe vou responder na mesma moeda porque não quero sujar o blog.
Mas fico sem perceber porque é que ele se acha no direito de ser o único a falar das arbitragens e dos jogos de todos os clubes. Lá por ser comentador e passar a vida a falar do que diz respeito aos outros não quer dizer que não haja mais ninguém a poder falar do que se vai passando no futebol. Ainda por cima as suas declarações têm todo o ar de virem preparadas de casa: Veiga agora também escreve em castelhano o que os outros funcionários do clube onde trabalha têm que dizer nas conferências de imprensa.
Tenho impressão que este é mais um dos que devia aceitar o repto de Mourinho: um teste de QI para esclarecer o que se passa no interior da sua cabecinha oxigenada porque o que vai papagueando a toda a hora lança muitas dúvidas. Ainda não percebeu que a equipa que treina tem ganho sobretudo devido a ajudas de árbitros e de outras instâncias do futebol como, por exemplo, os vários conselhos que castigam com jogos as outras equipas e com multas irrisórias a sua.
Este artista vai ter que entrar nos eixos. Esperem que não vai demorar muito.
Caro Rafa Benitez, faça o obséquio de lhe explicar o que ele não consegue entender.

Monday, January 23, 2006

Vamos por partes

A arbitragem

Miserável. Não causa escândalo porque neste futebol de jantares e viagens a Marraquexe já nada causa admiração: parece que o absurdo é a normalidade. E sabemos muito bem como é que acabaram situações em que o absurdo passou a ser a normalidade. Desde o início que se viu que havia uma estratégia concertada: o árbitro apitava mal, os bandeirinhas só viam o que lhes interesava e até o 4º Árbitro resolveu provocar o banco do SPORTING para ver se dava para expulsar dali um ou dois. Se olharmos para o comportamento dos árbitros em jogos do SPORTING e depois repararmos como se comportam com outras equipas fica tudo claro: o SPORTING é alvo a abater porque este ano tem que ser outra vez para o Galinhas. Simplesmente porque o Galinhas já tratou de comprar. A falta de vergonha é tal que os dirigentes da capoeira já nem se dão ao trabalho de esconder. Vale tudo porque quem os deveria por na ordem (Liga, Federação e Governo) assobia para o lado: no fim ainda ficam contentes por o seu clubezeco ter ganho. No campo rouba-se, na televisão lava-se: os tipos do OMO deviam olhar para o que vão dizendo os manhosos das televisões e jornais sobre os jogos. Aquilo é que é mesmo «lavar mais branco».
Não sei bem como, mas isto vai acabar mal. Depois os laurentinos, as laurentinas e todas as outras albertinas talvez acordem.

A equipa do SPORTING

Muito fraco. Não é a jogar assim que se conquistam títulos. E é bom que todos percebam isto: dirigentes, equipa técnica, jogadores, sócios e adeptos. Nem palavras tenho para descrever a insatisfação que sinto pelo que estão a fazer ao nosso clube.

Friday, January 20, 2006

Abram alas...

... vem a aí o fantástico, o extraordinário, o magnífico, o inimitável e sempre decisivo... TORNEIO DO VALE DO TEJO.
Esqueçam a Liga Inglesa, o Barcelona e a Juventus. Esqueçam o Euro que já lá vai e não sejam saloios para querer ver Káka, Ronaldinho Gaúcho e Adriano a jogar na mesma equipa, no Mundial.
Futebol a sério é no vale do Tejo. Tão a sério que algumas equipas portuguesas cedem jogadores a granel para aí abrilhantarem as suas carreiras com uma presença na equipa B.
Eu imagino João Moutinho e Ricardo Quaresma banhados em lágrimas, tipo vencedora de festival de Misses, quando souberam da sua convocatória para tão importante competição. O dia mais determinante das suas carreiras que nenhuma futura vitória na Liga dos Campeões fará esquecer.
Só não percebo é porque é que só vão jogadores de algumas equipas. Mas eu tenho andado distraído com ninharias como a carreira do Chelsea e as jogas do Federer e não tenho dado importância ao que no futebol é importante. Mea culpa.
Acabem com esta novela

Já não há paciência para ouvir falar de mais uma das muitas reuniões que Beto tem tido com a SAD. Nesta altura já nem se sabe muito bem o que está a ser negociado pois, como o jogador tem vindo a confessar, o seu objectivo é a sua saída a custo zero e não a renovação ou transferência.
Estando Beto muito longe de ser um jogador das minhas preferências, eu gostava mais de escrever um post desejando-lhe as felicidades, quem sabe se, finalmente, no Real Madrid.
Mas não o posso fazer. O comportamento de Beto está a ser bastante incorrecto. Vejamos: é claro que eu acho que qualquer jogador pode querer mudar de clube de modo a usufruir de uma melhor situação de trabalho, não tendo que fazer interferir nas negociações antiguidade, clubismos e outros sentimentalismos. Contratos são contratos. Só que se assim é, então as formalidades contratuais valem para as duas partes e, nessa medida, por que carga de água é que o devemos deixar sair a custo zero, a meio da época, de modo a ele ficar «com o passe na mão», podendo fazer um negócio muito mais vantajoso para si próprio ao inscrever-se noutro clube livre de compromissos?
Parece que afinal os 17 anos de SPORTING são invocados por si apenas para se ver livre de um contrato que ainda não terminou e que ele não pretende concluir. Eu por exemplo, acharia muito mais digno que esses 17 anos servissem para que o atleta mostrasse brio até ao último minuto do último jogo com a camisola do SPORTING.
Para mim, Beto nunca mais deveria ter sido capitão depois do que se passou com Custódio. Mas, por obra vá-se lá saber de quem, ele lá continuou como se nada fosse. Segue-se a próxima fase: entrevistas em tudo o que é meio de comunicação, fazendo queixinhas por não o terem deixado tratar da sua carreira, à sua maneira, claro. Poupem-nos a historietas inúteis, por favor.
Rui Jorge

Regressa ao futebol um dos atletas mais íntegros que passou pelo nosso clube. Merece terminar a sua carreira com dignidade. E quem o mandou embora pode ir pegar touros para os forcados amadores de Alcochete que é lá o seu lugar.

Monday, January 16, 2006

Prometo ser breve

Estou desejoso de poder comentar as recentes declarações de Soares Franco. Dada a gravidade do que foi dito, o comentário não poder ficar por um post de dois minutos. Assim que puder deixarei aqui a minha opinião.
Belenenses - SPORTING

Não vi o jogo. Pelo resumo, pareceu-me fraco. O Belenenses foi um adversário «fácil»; é uma equipa que joga muito pouco. No SPORTING há, neste momento, apenas dois ou três jogadores a renderem o mínimo exigido. O comportamento da equipa nos próximos jogos é uma incógnita: espero que as coisas melhorem.
A contabilidade que não interessa

Quantos frangos e outras asneiras declaradas dá Vítor Baía por época? Se nos lembrarmos das últimas quatro ou cinco, certamente muito mais do que Ricardo. Só que isso não interessa: é muito mais «politicamente correcto» para os trapaças cá do burgo inventar motivos para dar cacetada no Scolari, usando Ricardo como arma de arremesso.

Friday, January 13, 2006

Adriano no Porto?

É para o lado que eu durmo melhor. Aliás, aproveito para agradecer a Pinto da Costa o facto de ter poupado os sócios do SPORTING a mais um disparate que a SAD se preparava para cometer.

Wednesday, January 11, 2006

A dormir, mais uma vez

O SPORTING começou por se mostrar interessado em Paulo Ferreira dois anos antes de o Porto o contratar. Quase todos os sportinguistas achavam esse negócio bastante positivo, dada a idade e a categoria do jogador. A SAD fazia uns contactos com o Setúbal mas nada; do SPORTING vinha sempre uma desculpa qualquer para se adiar a contratação. Resultado: certo dia o Porto falou com o Setúbal e contratou o jogador sem grandes alaridos, como convém. Quanto à carreira de Paulo Ferreira nas épocas seguintes não vale a pena dizer grande coisa: está à vista de todos o óptimo negócio que o Porto fez e que nós não fizémos porque andámos para trás e para a frente com conversa de quem não sabe muito bem o que quer.
Pois parece que no SPORTING não se aprende com os erros. Há uns tempos que se fala no interesse, por parte do SPORTING, em Miguelito, na altura, do Rio Ave. E nada. Entretanto o Porto precisou de um jogador para aquela posição, falou com o Nacional - no meio deste compra-não-compra o jogador mudou de clube - e aí vai ele a caminho do Porto. Outra oportunidade perdida.
Como sportinguista peço, a partir de agora, uma coisa à SAD: não lancem ideias sobre contratações sensatas que não pretendem realizar. É só para evitarmos a desilusão de vermos bons jogadores «referenciados» pelo SPORTING a caminho dos nossos adversários.

Monday, January 09, 2006

Balanço de 2005? Aqui vai

Foi-me pedido e eu não me importo de partilhar com o pessoal que vem aqui ao blog. Aviso que não acredito muito nessa história dos balanços: o que entendo como melhor agora pode já não o ser daqui a bocado. Mas enfim, aqui vai:

Melhor jogo a que assisti: SPORTING - Newcastle (Taça UEFA)

Melhor golo: houve vários bons golos mas não me lembro de nenhum em particular

Melhor jogador: Ronaldinho Gaúcho

Melhor blog: A Causa Foi Modificada

Melhor filme: Saraband - Ingmar Bergman

Melhor disco: Witching Hour - Ladytron

Melhor concerto a que assisti: Kasabian

Melhor livro: A Mancha Humana - Philip Roth
É preciso mudar

Terminou a 1ª volta da Liga; o SPORTING está a 10 pontos do primeiro.
É chegada a altura de reflectirmos sobre o que se está a passar. Mais importante do que discutirmos o que aconteceu na derrota contra o Braga, o que importa é sabermos o que se tem vindo a passar no nosso clube. Para quem anda atento ao que é o futebol, a última derrota sofrida pela equipa não apareceu propriamente por acaso. Ela é consequência da falta de organização e da falta de disciplina que se abateu sobre o SPORTING nos últimos tempos. Mais concretamente, desde que José Eduardo Bettencourt e Ribeiro Telles saíram do clube.
Vejamos. Por muito azar e muita coincidência que se possa invocar, só uma planificação deficiente pode fazer com que uma equipa que luta pelo título possa chegar a meio da época, em Janeiro, apenas com 15 jogadores para disputar um jogo, tendo que recorrer a juniores - altamente dedicados e com um futuro promissor, não duvido – para disputar um jogo contra uma equipa que tem mais ou menos os mesmos pontos que nós. Uma direcção (Dias da Cunha, Paulo de Andrade e Rui Meireles) desatenta durante o defeso vai atrás das indicações de um treinador (José Peseiro) incapaz de planificar a época e o resultado é este: uma enorme confusão em que não se sabe quem sai, quem fica, quem foi, quem já veio, quem há-de vir, quem perdeu o avião, quem... E no meio disto um presidente – interino, já se esqueceram? – que solicitado a comentar o assunto não se lembra de melhor do que fazer uma piada sobre uma situação passada numa equipa adversária. Alguém diga a Soares Franco que não tem graça nenhuma, e que o seu saldo de piadas se esgotou com aquela do Papa e do Pinto da Costa quando o primeiro ainda era vivo mas já se encontrava mal de saúde. Pode-se brincar com tudo, incluindo a morte e a religião, mas com piada! Doutro modo é o ridículo total. Polga e Deivid só se “atrasaram” porque sabiam de antemão que o atraso não os ia incomodar muito. Aliás, o regresso de Polga é acompanhado pela notícia da intenção de lhe renovar contrato, quando o que devia ser feito era transferi-lo enquanto é tempo: porque não é um profissional cumpridor como já o demonstrou várias vezes e porque como jogador não faz a diferença, o que é fácil de perceber se olharmos para o que têm sido as suas prestações nos jogos. A ideia que transparece para quem está de fora – era bom que eu estivesse enganado – é a de que a gestão do clube anda um pouco à deriva. E os jogadores percebem isso, como qualquer empregado compreende o comportamento do patrão. E se há alguns que têm brio e são homens a sério, há outros que não e aproveitam estas situações para se portarem mal. E isto tem um efeito bola de neve: os adeptos percebem e desinteressam-se, o que se vai percebendo pelo número de assistências aos jogos.
Acho que é chegada a hora de se clarificarem as coisas. Tem que haver eleições no SPORTING. Esta administração interina gere o clube de forma casuística como se viu com a rábula do fim do jornal que era-para-ser-mas-afinal-já-não-porque-depois-logo-se-vê.
Se forem marcadas eleições para daqui a dois ou três meses teremos eleições lá para Abril o que me parece uma data aceitável, sobretudo tendo em vista a preparação da próxima época. Só que, estranhamente, ou talvez não, esta direcção interina apagou do mapa o tema eleições e vai actuando como se nada estivesse pendente. Provavelmente à espera de que os sócios se esqueçam.
Estamos fartos de tanta falta de habilidade para a gestão dos dossiers, dos mais simples aos mais complexos.
O SPORTING precisa de ordem. Precisa de arrumar a casa e partir à conquista do que lhe compete. Não havendo convicção por parte dos generais, não estejam à espera que os soldados arrisquem o pêlo. O azar, a falta de carácter de alguns, as arbitragens, e as aldrabices de alguns adversários, podendo nalguns casos ser argumento legítimo, não servem para explicar o que se está a passar com o nosso clube. A razão fundamental para o que se vem verificando no SPORTING nos últimos dois anos é sobretudo a falta de rigor na gestão do clube. Porque rigor não é só rigor nas finanças – e mesmo esse... ainda estamos para o perceber ao certo. Quem estiver no SPORTING tem que dar tudo, a toda a hora. Só assim se vence.
Que sejam os sócios a decidir o que querem para o seu clube porque esses, não tenho dúvidas, são os que melhor sabem o que interessa ao SPORTING. Não adiemos o inevitável. As decisões valem quando são tomadas na altura certa. Ordem no SPORTING, é o que nós queremos. Viva o SPORTING.

Friday, January 06, 2006

Braga - SPORTING

Vamos a Braga e é para ganhar. Jesualdo Ferreira diz que não tem medo. Nós também não. Temos 11 para jogar de início e mais 3 para poder substituir, não temos? Então embora lá.
Força SPORTING!
Next

O Estoril fechou a loja. Dito de outra maneira: cumpriu o que se esperava de um clube que já foi gerido por Veiga e outros da sua trupe, como o Alverca, por exemplo. Venha o próximo.
Entretanto, Valentim Loureiro e Gilberto Madaíl, - que tanto gostam de falar por tudo e por nada - tal como os responsáveis das instituições que gerem, não têm nada a dizer sobre isto. É que histórias mal contadas no futebol português só mesmo a do Paulo Bento que não tem a formação de treinador necessária sendo, por isso, Carlos Pereira a assinar o boletim de jogo como treinador principal. Resolve-se isto e o futebol cá da paróquia entra no seu normal funcionamento, está claro.

Tuesday, January 03, 2006

O capanguismo no futebol português

Não sei nem me interessa quem é que tem razão nessa telenovela que é a saída de Moretto do V. de Setúbal. Nem me vou indignar com as cenas passadas no aeroporto à chegada da tal comitiva vinda do Brasil: primeiro porque não sou dado a indignações, segundo porque no futebol português já pouca coisa me surpreende.
Vou apenas deixar uma questão que não tem propriamente que ver com futebol: como é possível que seis capangas possam estar num aeroporto à espera de uma pessoa, a insultem e agridam, sem que se veja um único polícia por perto, sabendo todos nós que o aeroporto é dos sítios da cidade onde há mais polícias concentrados? Colocando a questão noutros termos: e se eles estivessem lá para mais do que o «assustar» com uma chapada na cara?

Monday, January 02, 2006

Falta alguém

Imaginamos Paulo Bento, de manhã, antes de começar o treino, a contar os jogadores tipo professor em dia de visita de estudo. De repente dá conta que falta um. «Parece que ainda está no Brasil», alguém lhe diz. E lá começa o treino porque, na verdade, nem no SPORTING sabem muito bem o que se passa.

E agora a parte séria: o que é que Paulo Bento devia fazer? Coloco a questão do ponto-de-vista de Paulo Bento porque a direcção já sei que não vai além de uma repreensão - que, sabemos todos, só tem eficácia em pessoas com vergonha na cara - e de uma multa insignificante.
A minha resposta: qualquer jogador que não compareça no local de trabalho sem justificação SÉRIA para o facto deve, para lá das punições acima referidas, ser afastado da equipa durante um período que o treinador entenda razoável.
Este ano foi Polga e Deivid, no ano passado tinha sido Liedson. E para o ano há-de ser outro qualquer porque os jogadores já perceberam que a punição é preferível uma vez que lhes permite uns dias extra de férias. Chama-se a isto falta de disciplina, qualquer coisa que eu, primeiro como sócio e depois como accionista da SAD, acho intolerável. Já para não falar do desagrado pessoal que me causa esta rábula dos atrasos no SPORTING, depois das inoportunas férias de Natal.
Os jogadores do galináceo e os aeroportos

Eu apelo desde já a um desses psicólogos que gostam de mandar postas-de-pescada sempre que se passa alguma coisa de «aparentemente» invulgar, a explicar o que é que o ar dos aeroportos tem para fazer com que a malta do galináceo fique agressiva.
Desta vez é Vieira dos Pneus que afirma ter sido agredido. Uma agressão que começou em São Paulo e continuou em Lisboa. Dada a mania das grandezas deste clube, eu sugeria que se candidatassem ao guiness com a agressão mais prolongada da história: é obra começar a ser agredido em São Paulo e só terminar em Portugal. Deve ter havido intervalo pelo meio, ou não? Ao que parece, ninguém viu Vieira a ser agredido, o que se viu foi um capanga de Vieira a agredir um sujeito que se diz «próximo» do empresário de Moretto.
A propósito disto lembrei-me de uma das cenas mais caricatas a que pude assistir, passada num aeroporto: estávamos em 91, eu ia de férias e na zona de embarque do Aeroporto da Portela, depois do check-in, estava também o Benfica que ia não sei para onde. Chegada a vez do Yuran mostrar o passaporte, a polícia detectou um problema qualquer e não o deixou seguir. E aí começou a festa: o rapaz atira a mala e a papelada para o chão e manda-se ao polícia a berrar em russo. Eusébio, que estava por perto agarrou-o com os dois braços, tipo placagem de rugby. O polícia, surpreendido pela exaltação de Yuran, chamou reforço pelo telefone - mais dois polícias que apareceram num instante. Eu, e mais alguns passageiros, íamos assistindo de borla, com a maior parte do pessoal a achar piada pela «tempestade em copo de água» que o jogador arranjou. Dois ou três jogadores do Benfica que já tinham mostrado o passaporte ficaram do outro lado a observar. E o Eusébio lá continuava, ora abraçava o Yuran que depois de desistir de bater não parou de gritar, ora abraçava um dos polícias. Dos dirigentes do Benfica nada; já todos tinham passado e nenhum se deu ao trabalho de voltar atrás.
O número foi bastante engraçado e ainda hoje, cada vez que passo naquela zona do aeroporto me lembro do Eusébio agarrado ao jogador que queria aviar o polícia.

Para os mais curiosos: soube depois que Yuran foi mesmo impedido de seguir viagem e ficou em Lisboa.