Ainda a operação «apito dourado»
Dois investigadores da PJ que estiveram na liderança das investigações no «apito dourado» foram demitidos. Consta que as instâncias superiores da PJ, bem como o Ministério Público e até mesmo elementos do Governo, não gostaram nada da operação... e alguém tinha que pagar as favas. Claro que poderão ser apenas coincidências mas, à partida, já temos aqui «gato escondido com o rabo de fora». Julgo que a altura das demissões não é inocente: anda tudo entretido a festejar a vitória na Liga dos Campeões; a preparar o euro; à procura de treinador e de jogadores e nem se dá a devida atenção à questão.
E o que está aqui em causa é uma violenta reprimenda que é feita a quem se lembrou de tocar nalgumas vacas sagradas da política/futebol. Receio que isto seja apenas uma maneira para, de mansinho, se meter na gaveta uma das mais importantes acções levadas a cabo nos últimos anos, no sentido de se dar início a uma necessária mudança na organização das estruturas do futebol português. E assim lá se criam as condições para que fique tudo na mesma. Para o ano temos mais do mesmo e nos anos seguintes a mesma coisa (Martins dos Santos até já tem um filho que é árbitro). Perde sobretudo o futebol português. É que se são assim tão bons porque é que precisam de ter sempre gente de confiança nos orgãos de decisão, sobretudo naqueles que se relacionam com a arbitragem? Quem é bom ganha, esteja quem estiver, a dirigir as estruturas do futebol. Ou não?
PS: Basquetebol é um desporto que não me interessa para nada. Mas voz amiga alertou-me para o que se passou no jogo que decidiu o título entre o FC Porto e o Queluz. Tratei de ver. Uma jogada decisiva mesmo no fim do jogo que poderia dar a possibilidade de o Queluz marcar e ter que se realizar outra partida, foi «mal decidida» pela arbitragem. Também se dizia que os árbitros «não costumam cometer erros destes». Pois, deve mesmo ter sido coincidência, porque não pode ter nada que ver com o facto de o lance ter sido incorrectamente decidido a favor do Porto, cujo presidente estava no pavilhão a assistir ao jogo. Nada disso, claro.
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