Os alfredos
Ao longo dos anos fomos ganhando o hábito de assistir a um espectáculo dentro do espectáculo sempre que o Boavista joga em casa: a palhaçada dos alfredos. Quem são os alfredos? Um conjunto de assessores e adjuntos que se sentam no banco de suplentes ao lado do mestre Pacheco e cujo único propósito é lançar a confusão para dentro do campo, tentando provocar árbitros, jogadores e dirigentes adversários. A táctica é velhinha mais vai resultando. A seguir a um lance um pouco mais polémico entram os alfredos dentro do campo e, num abrir e fechar de olhos, já estão a distribuir empurrão e insulto nos alvos que foram definindo ao longo do jogo. Sempre com muita passividade por parte dos árbitros e delegados: há que lembrar que no intervalo e fim do jogo os alfredos vão actuar para o túnel, o seu verdadeiro «local de trabalho», e aí é que as coisas fiam fino. Armada a confusão vem um Loureiro à sorte, com ar artificialmente grave, dizer que vai para a polícia porque tem provas, mas passado 15 dias já não há nada porque entretanto os alfredos já arranjaram confusão noutro túnel e os Loureiros já têm novo dossier nas mãos.
Faz parte da estratégia desta equipa; a actuação dos alfredos só é possível num futebol onde eles têm protecção por parte de quem os devia meter na ordem. Mas nada disso. Os alfredos, na típica atitude carapau-de-corrida, já perceberam que vale a pena. No jogo com o SPORTING voltou a haver exibição desta trupe. Só me admiro é com o facto de ainda haver quem dê crédito a esta palhaçada. Pelo que fomos ouvindo, e sem saber o que realmente se passou, podemos constatar que a táctica voltou a funcionar: o SPORTING vai, provavelmente, ficar com jogadores impedidos de jogar como consequência disto.
Ou seja, tudo na mesma há vários anos. Até quando?
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