O treinador, o polícia, a cadelinha e as vacinas dela
Com Mourinho as histórias têm sempre duas versões: a dele e a dos outros. Mas isso não é nada de novo, já todos o conhecemos de gingeira e por isso ficamos logo alerta.
O que me está a parecer é que esta rábula do cãozinho - mourinhesca em todos os pormenores - parece mais do que discussão de comadres por causa das caganitas do caniche.
Começa por uma história de detenção muito mal contada: ninguém é detido e sujeito ao pagamento de caução por causa de um mal entendido de linguagem a propósito das vacinas de um cão. Mesmo tratando-se de Mourinho que fala inglês com um sotaque do pior que há. Alguma investigação pela imprensa internacional dá para perceber que o motivo da detenção foi uma desobediência grave aos agentes da autoridade. O que no fundo não passa de um mourinhismo: "sou muito bom, quem é que este bófia pensa que é para se meter com o Mourinho por causa de um cão?"
Depois vêm todas as extrapolações típicas do mourinhismo. Perseguição para aqui, complot para acolá, a coisa agora já chegou às criancinhas que, coitadinhas, não puderam ir para a escola sossegadas porque levavam dez câmaras atrás.
Esta história parece-se muito com aquela da namorada-do-chefe-da-claque-que-leu-um SMS-que-não-era-para-ele. História que deu no mesmo: perseguição daqui, complot dacolá, e aqui vou eu para Londres porque já não aguento mais.
Ou seja, a única coisa coisa que muda é o destino. Desta vez cheira-me a ramblas. Riam-se, riam-se. Vamos ver se estou assim tão enganado.
P.S. Eu sei, as ramblas são em Barcelona, não são em Madrid.
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